Passando a mão com cuidado no braço de Maria Marli dá para perceber a presença do objeto.
O atendimento a uma paciente no Hospital Regional Antônio Dias pode ir parar na Justiça. A servidora pública alega que os funcionários esqueceram uma agulha em seu braço. Os advogados da mulher vão entrar com pedido de indenização por danos morais e com uma liminar para que seja feita uma cirurgia de urgência para a retirada do objeto.

A dona Maria Marli da Silva Alves Santos ficou internada um dia no Hospital Regional Antônio Dias. Ela disse que levou um tombo em casa no dia 09 de setembro e procurou atendimento para se livrar das dores no corpo. A servidora pública alega, no entanto, que se livrou de um problema e voltou para casa com outro muito pior.

Segundo Maria Marli, o braço usado para a aplicação do soro passou a formigar depois que recebeu alta do hospital. “Eu não conseguia fazer os serviços de casa e nem sequer usar o relógio”, afirmou. Diante disso, a servidora decidiu procurar um hospital particular para descobrir o motivo do incômodo. Um ultrassom identificou a presença de um corpo estranho no braço da paciente.

Passando a mão com cuidado no braço de Maria Marli dá para perceber a presença do objeto. O médico que analisou o exame suspeita tratar-se de uma agulha. Ele orientou a servidora a fazer uma cirurgia para a retirada do objeto, antes que algo de mais grave aconteça. De acordo com a paciente, a agulha no interior do braço pode provocar uma trombose.

Os advogados Anderson Alexandre e Thiago Alves estão cuidando do caso. Eles informaram que entraram em contato com a direção do Hospital Regional em busca de uma explicação para o caso, mas não obtiveram resposta. “Nós desafiamos o Hospital Regional a dar uma explicação para a dona Maria”, afirmou Thiago.

Os advogados informaram que vão entrar com uma ação na Justiça com pedido de indenização pelos danos causados à servidora pública. Eles também vão pedir uma sindicância para apurar o que de fato ocorreu. Além disso, os advogados entrarão com pedido de liminar para que seja feita uma cirurgia de urgência para a retirada do objeto. Ela só não quer que sejam os mesmos médicos que a atenderam da primeira vez.

Em contato com o Hospital Regional, a Assessora de Gestão, Marli de Fátima Braga, informou que a Direção do Hospital não recebeu notícias de que a Sra. Maria Marli da Silva Alves Santos tenha retornado para receber atendimento e que os Advogados não entraram em contato com a Direção do Hospital. Informou, também, que a paciente poderá retornar ao Hospital para ser avaliada e passar pelos  procedimentos necessários. A Direção do Hospital comunica que o fato será apurado, para saber se houve falha e se realmente ela veio a acontecer dentro do Hospital Regional.

Autor: Farley Rocha