ANOTEM ISTO: áudios, desde sempre, foram meio de prova lícito, robusto e não raro decisivo em litígios judiciais, a despeito da recente reforma que restringiu o uso de gravações ambientais (pacote anticrime, Lei Federal 13.964, de 2019).

Com o advento das IAs generativas, contudo, sua aceitação pacífica está com os dias contados — mesmo vídeos, outrora supra-sumos em matéria documental, serão objeto de questionamento nos tribunais. As imagens já mentem.

Arquivos sempre deixam uma impressão digital cuja autenticidade ou não é identificada por ferramentas cada vez mais avançadas. Porém, tecnologias que burlam essa varredura são desenvolvidas e aprimoradas na mesma velocidade. Nenhum documento será mais irrefutável.