Uma mobília completa foi furtada por moradores de rua e usuários de drogas nessa última semana em Patos de Minas. Fogão, geladeira, sofá, roupas, botijão de gás, armário, cama, colchões entre outras coisas foram deixadas no Galpão do Produtor Rural. Segundo informações de comerciantes próximos, o que não foi levado, foi quebrado, incendiado e deixado no local. Nós conversamos com o motorista, que preferiu não gravar entrevista, mas explicou como tudo aconteceu.

De acordo com ele, o serviço de mudança foi contratado por um militar aposentado que seria o proprietário do imóvel. “Ele disse que tinha uma ordem judicial para que os móveis fossem retirados de uma casa no bairro Santa Terezinha e pediu para que eu os colocasse nos pés de uma árvore no Galpão do Produtor, eu apenas fiz o meu trabalho”. Segundo o motorista, ainda pediu para ver a ordem judicial, mas o contratante do serviço não quis apresentar.

Segundo ele, o militar aposentado disse que, depois, um caminhão iria buscar os móveis e que receberia apoio da Polícia Militar. Em um vídeo gravado por ele, dá para ver o apoio de uma viatura, mas o caminhão que iria buscar os móveis não apareceu. Algum tempo depois, moradores de rua e usuários de drogas apareceram e começaram a furtar toda a mobília. Segundo o caminhoneiro, eles chegaram a quebrar algumas coisas para pegar objetos mais valiosos que estavam escondidos.

Ainda segundo informações obtidas por nossa reportagem, todo o material pertence a um homem que estaria preso no presídio de Patos de Minas. Comerciantes disseram que, o que não foi furtado, foi quebrado e até incendiado. O motorista do caminhão relatou em vídeo que apenas fez seu trabalho e que não queria problema. Nossa reportagem esteve no local e registrou imagens do que sobrou de toda a mobília. Embora tenha sido falado para o motorista do caminhão que havia uma ordem judicial de despejo e que outro caminhão iria recolher a mudança do galpão, nada disso aconteceu. O motorista que fez o despejo da mudança disse que uma viatura da Polícia Militar acompanhou o trabalho.

Uma comerciante chegou a acionar a Polícia Militar via 190. Nós entramos em contato com a Assessoria da Polícia Militar e nenhuma ocorrência em relação a esse fato foi registrada.