O promotor de justiça, José Carlos de Oliveira Campos Júnior, encaminhou denúncia de compra de voto contra o vereador Lásaro Borges para a Delegacia Regional da Polícia Civil. Documento assinado em nome do parlamentar mostra que ele prometeu cargos de assessores parlamentares em troca de apoio e voto nas eleições municipais de 2016.
A denúncia foi feita pelo Movimento Reclama Patos. Marcelo Lima, que coordena a ONG, levou a queixa ao Ministério Público, acusando o vereador Lásaro Borges de ter cometido crime eleitoral. Em um documento assinado em nome do parlamentar, fica a clara a promessa de apoio e voto na eleição em troca de duas vagas de assessor parlamentar.
“Caso eu venha me reeleger para o mandato letivo 2017 a 2020 disponibilizarei em meu gabinete 02 vagas de assessor parlamentar sendo que nesse período de janeiro de 2016 a 02/10/16 o mesmo não recebe salário para assim esta me auxiliando nos trabalhos de assessoria e na véspera da eleição o mesmo só receberá uma ajuda de combustível para os trabalhos na campanha de reeleição”, diz o documento mantido pelo Patos Hoje com a grafia original.
Outra pessoa identificada como Fabiano Lopes Costa apresentou uma declaração informando que foi procurado pelo vereador Lásaro Borges com a proposta de nomeá-lo como assessor parlamentar para que ele trabalhasse em sua campanha a reeleição em 2016. Fabiano reclama no documento que Lázaro Borges não cumpriu com o que lhe foi prometido.
Ao analisar a denúncia feita pelo Movimento Reclama Patos, o promotor José Carlos de Oliveira Campos Júnior decidiu encaminhar o caso para investigação da Polícia Civil. O representante do Ministério Público afirmou que o prazo para impugnação de mandato eletivo já expirou, mas destacou que a denúncia pode configurar crime de corrupção eleitoral tipificado no artigo 299 do Código Eleitoral. A pena para este tipo de crime pode chegar a 4 anos de prisão.
O Patos Hoje entrou em contato com o vereador Lásaro Borges por meio do telefone do seu gabinete na Câmara Municipal e, o assessor Ronaldo Rosa, após conversar com o parlamentar, informou que ele ainda não teve conhecimento sobre o inquérito e só ficou ciente disso através das redes sociais no sábado (07). Ele destacou que vai aguardar ser notificado para se pronunciar. Ele antecipou que há falhas na decisão do promotor. “O nome foi escrito errado 3 vezes”, disse.
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