“Se hoje ainda consigo andar e trabalhar é porque Deus tem me ajudado muito, porque se depender do homem já estou quase perdendo a perna”. Esse é o desabafo do decorador Antônio Carlos Castro que há dois anos aguarda por uma cirurgia. Nem com uma decisão judicial em mãos, ele conseguiu fazer com que as autoridades de saúde realizem o procedimento.
O drama do decorador Antônio Carlos Castro começou em 2011 quando sofreu um acidente de moto. Ele teve ferimentos graves na perna e os médicos decidiram implantar uma haste metálica. Mas o procedimento não teve bons resultados, a perna infeccionou e desde então o problema se agrava a cada dia.
Depois de percorrer sem sucesso os órgãos de saúde e de buscar o apoio das autoridades do município, Antônio Carlos decidiu recorrer à Justiça. No dia 02 de maio saiu a decisão judicial obrigando a Prefeitura e o Governo do Estado a realizarem a cirurgia. Mas cinco meses se passaram, a ordem judicial não foi cumprida e o paciente continua sofrendo e correndo risco de perder a perna.
“Quem dera eu ter um plano de saúde ou 200 mil pra fazer minha cirurgia e o meu tratamento. Enquanto aguardo igual a milhares de pessoas só me resta rezar muito pra Deus continuar me dando força pra conseguir trabalhar e suportar as dores que sinto direto”, desabafa o decorador.
Carlo disse que procurou ajuda das autoridades. O deputado e médico Hely Tarquinio não conseguiu fazer mais do que indicar um especialista em Belo Horizonte. Outras várias desculpas foram dadas pelos políticos locais e nada de concreto foi feito até agora. “Os políticos e autoridades não sabem o que é passar por isso, não enfrenta fila da UPA, não ficam de molho em um quarto do Regional né! Todos ganham bem, têm planos de saúde e vão se tratar em hospital particular. Obrigado políticos por fazer mau uso do nosso dinheiro e obrigado a Justiça que não faz valer nossos direitos à saúde”, conclui o paciente já desiludido com tanto tempo de espera.
Ao tornar o caso público, Carlos Castro espera sensibilizar as autoridades de saúde cumpram a decisão judicial, que a cirurgia seja feita o mais rápido possível, antes que a situação se agrave ainda mais.
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