A morte de um idoso de 78 anos causou revolta em Patos de Minas. Ele foi levado à UPA na manhã de sexta-feira (02), mas não resistiu à espera. O cuidador do idoso ficou revoltado com o tratamento oferecido pela Unidade de Pronto Atendimento e decidiu denunciar o caso para que situações como esta não volte a ocorrer.
Adalto Gonçalves Ribeiro disse que chegou à UPA por volta de 9h15. Segundo ele, o paciente José Augusto Coelho Diniz, de 78 anos, estava com dificuldades para respirar. O idoso passou pela triagem, recebeu a cor verde que no protocolo de atendimento significa de pouca urgência, e foi deixado em uma cadeira.
Adalto disse que relatou aos funcionários da gravidade do quadro do senhor José Gonçalves, que vivia acamado e que estava com dificuldades para respirar, mas foi informado que não havia maca disponível e que ele deveria permanecer sentado. Duas horas depois, o idoso não resistiu e faleceu ali mesmo, sentado na cadeira.
Cuidando do senhor José Gonçalves durante tanto tempo, Adalto decidiu relatar o caso. Ele entende que um tratamento mais humano poderia ter evitado a morte do aposentado.
A redação do Patos Hoje entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura que emitiu a seguinte nota: "A gerência da UPA informa que ao consultar o prontuário do senhor José Augusto Coelho Diniz, 78 anos, foi constatado que ele deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento no dia 02/06/2017 às 09h53, sendo atendido pela enfermeira do protocolo Manchester às 10h08 e classificado como verde, ou seja, podendo ser atendido em até 120 minutos. Havia relato pelo acompanhante de que o senhor tinha febre, respiração ruim e úlceras por pressão.
O paciente foi atendido pelo médico do plantão e prescrita a realização de exames laboratoriais e raio-X, bem como soroterapia e antitérmico. Ao sair do consultório, o acompanhante dirigiu-se ao setor de medicação onde a técnica de enfermagem orientou que aguardasse na fila, pois ela já estava medicando outro paciente. Ao perceber que o paciente estava desacordado, a técnica de enfermagem constatou que o idoso encontrava-se em PCR (parada cárdio-respiratória), conforme relatado no prontuário. O paciente foi encaminhado imediatamente à sala de urgência e iniciado procedimento padrão para casos de urgência, porém, sem sucesso, sendo constatado óbito às 11h15. Segundo relatos da esposa, o idoso estava sob tratamento domiciliar para pneumonia e que revelou, também, que ele estava com quadro de dispnéia/ falta de ar há vários dias e sem resposta até mesmo das nebulizações diárias, sendo este um dos motivos para que o paciente fosse levado à UPA."
Autor: Maurício Rocha
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