Diretores do Hospital Vera Cruz e do Hospital São Lucas foram à Tribuna Livre da Câmara na reunião dessa quinta-feira (31) pedir socorro para a população carente que necessita de atendimento pelo SUS. Eles alegam que, além de serem mal remunerados pelos serviços que prestam, ainda estão com pagamentos atrasados desde setembro do ano passado. Os representantes dos hospitais ameaçam interromper o atendimento pelo SUS a partir do dia 30 de março.
Os Hospitais Vera Cruz e São Lucas atendem em convênio com o Sistema Único de Saúde oferecendo serviços de UTI adulto e neonatal, hemodiálise e cardiologia e hemodinâmica. Os diretores alegam que a tabela do SUS está sem reajuste desde 2005 e que os serviços dão prejuízo. A região de Patos de Minas envolve uma população de 900 mil habitantes de 33 municípios. Os hospitais querem que as prefeituras façam uma complementação dos valores que são repassados pelo Governo Federal.
Os diretores do Hospital Vera Cruz alegam que os serviços de cardiologia e hemodinâmica dão prejuízo mensal e que precisaria de R$ 150 mil a mais por mês para manter o serviço. Os diretores do hospital São Lucas informaram que já deixaram de fazer alguns tipos de cirurgias por que não encontraram profissionais dispostos a trabalharem pela tabela do Sistema Único de Saúde.
Mas o principal problema alegado pelos hospitais é a falta de pagamento. Vander Alvarenga, diretor do Hospital Vera Cruz, afirma que tem serviços a receber desde setembro. Os valores passam de R$ 650 mil. O médico disse que a maior parte dos recursos já foi repassada pelo Ministério da Saúde para a Prefeitura de Patos de Minas, mas que o dinheiro ainda não foi repassado. Com o Hospital São Lucas, segundo ele, o saldo devedor é ainda maior.
Vander Alvarenga disse aos vereadores que, se nenhuma medida for tomada, o Hospital Vera Cruz vai deixar de fazer atendimentos pelo SUS a partir do dia 30 de março, que é quando vence o convênio com o Sistema Único de Saúde. Ele afirma que não dá mais para continuar trabalhando no vermelho.
Os vereadores se mostraram preocupados com a situação. O presidente da Câmara Municipal de Patos de Minas, Otaviano Marques, informou que vai designar uma comissão para avaliar o problema e tentar encontrar uma solução para que os pacientes mais carentes, que dependem do SUS, não fiquem sem atendimento.
Autor: Maurício Rocha
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