Um crime bárbaro, que chocou a comunidade de Varjão de Minas está sendo julgado nesta quinta-feira (20) pelo Tribunal de Júri da Comarca de Patos de Minas. No banco dos réus está Jean Carlos dos Santos, de 42 anos. Ele confessou ter assassinado Neuza Júlia de Oliveira Silva com golpes de macaco hidráulico na cabeça e enterrado o corpo em uma cova rasa na estrada de acesso à BR 365.

O crime aconteceu no dia 15 de novembro de 2022. Jean e Neuza estavam consumindo bebida alcóolica em companhia de outras pessoas. Em determinado momento, o Jean saiu para comprar uma garrafa de cachaça e Neuza Júlia de Oliveira Silva foi junto. Ela nunca mais voltou para casa. Os familiares chegaram a registrar uma ocorrência de desaparecimento.

Jean Carlos também ficou um tempo sumido e quando retornou foi questionado pelos policiais, uma vez que ele foi a última pessoa a estar com Neuza. Depois de muita conversa e de entrar em contradições, ele então acabou confessando que matou a mulher e enterrou o corpo na beira da estrada. Jean contou em detalhes como praticou o crime.


Ele disse que, após deixar o local em que estavam, passou em um bar e comprou mais uma garrafa de pinga. Os dois beberam e começaram uma relação sexual. Segundo ele, Neuza decidiu parar o ato sexual e deu um tapa em suas costas. Nessa hora, a pinga subiu e ele pegou um macaco que estava no porta-malas e efetuou dois golpes na cabeça dela. No depoimento, Jean disse que só se lembrava dos dois primeiros golpes e que estava bastante embriagado.

Depois de efetuar os golpes de macaco, deixando Neuza com o rosto desfigurado, Jean pôs uma sacola plástica na cabeça dela, jogou o corpo no porta-malas do carro e seguiu para a estrada de acesso à BR 365, no bairro Campo Belo, onde usou um pedaço de pau para cavar o buraco e enterrar o corpo. Ele mesmo apontou o local onde havia escondido a vítima.

Jean foi preso em flagrante e levado para o Presídio Sebastião Satiro em Patos de Minas, onde aguardava o julgamento. Ele foi denunciado pelo Ministério Público e responde pelo crime de feminicídio, com as qualificadoras do motivo fútil e recurso de dificultou a defesa da vítima e também por ocultação de cadáver.