Além de tentativa de homicídio e homicídio qualificado, Vanessa Dosualdo pediu a condenação do autor também por constrangimento.
O Tribunal do Júri se reuniu na tarde dessa terça-feira (25) para realizar o julgamento de Célio Roberto da Silva. O rapaz de 32 anos foi denunciado pelo Ministério Público por tentativa de homicídio, homicídio qualificado e constrangimento. Ele já havia sido julgado e condenado a 20 anos e 6 meses de prisão, mas uma falha na hora de juntar os documentos fez com que o Tribunal de Justiça ordenasse a realização de novo Júri.

O crime aconteceu no dia 1º de novembro de 2009. Célio Roberto da Silva se armou com um revólver calibre 38 e foi até a casa das vítimas no bairro Jardim Esperança. O alvo era Reginaldo Barbosa da Silva. Célio recebeu informação de que Reginaldo havia matado seu irmão. Ao chegar na casa, o autor abriu fogo atingindo Reginaldo nos braços. A mãe dele, Rosangela Barbosa da Silva entrou na frente e foi atingida no peito, morrendo no local.

Célio foi detido pela Polícia Militar pouco depois do assassinato. De acordo com a promotora de justiça, Vanessa Dosualdo, o crime foi premeditado. Além de tentativa de homicídio e homicídio qualificado, ela pediu a condenação do autor também por constrangimento. Célio teria ido até a casa da namorada de Reginaldo e obrigado ela a levá-lo até a casa das vítimas.


Os advogados Márcio Spagnuollo e Edilson Guimarães fizeram a defesa de Célio. Eles não negaram o crime, mas pediram um julgamento justo para o acusado. Márcio Spagnuollo disse que Célio estava sendo ameaçado por Reginaldo. Com relação a morte de Rosangela, o advogado disse que o réu não teve a intenção de matar a mulher e que ela só foi atingida por que entrou na linha de tiro.

O julgamento entrou pela noite e os jurados decidiram pela condenação de Célio Roberto da Silva. A sentença proferida pelo juiz Vinícius de Ávila Leite não foi muito diferente do primeiro julgamento. Célio foi condenado a 13 anos e seis meses pelo homicídio de Rosangela, 6 anos pela tentativa de homicídio contra Reginaldo e 1 ano pelo constrangimento da namorada de Reginaldo. A Justiça também entendeu que Célio agiu sob forte emoção e reduziu a pena em um ano, totalizando 19 anos e seis meses de prisão.

Os advogados Edilson Guimarães e Márcio Spagnuollo informaram que vão recorrer da decisão, já que a atenuante foi aplicada em apenas uma das condenações.

Autor: Maurício Rocha