Familiares e amigos de Yasmin Araújo Castro e Silva, de 23 anos, realizam uma manifestação na porta do Fórum Olympio Borges, em Patos de Minas, na manhã desta quarta-feira (19). Com faixas, cartazes e camisetas personalizadas, eles pedem Justiça no julgamento de Mauro Vinícius Expedito Silva, de 25 anos, acusado de matar a jovem a tiros na frente da filha do casal. O réu será julgado hoje em júri popular.
Visivelmente emocionadas, as amigas de Yasmin vestiram camisetas com a foto da jovem estampada na frente. No verso, a frase escolhida resume o sentimento de revolta e dor: "O feminicídio é o ato de desespero de quem nunca soube o que é amar. É a manifestação do ódio, da rejeição, do fracasso, onde quem grita é a covardia."
A mobilização chama a atenção de quem passa pelo local. As faixas erguidas pelos manifestantes reforçam o pedido para que a morte de Yasmin não fique impune. O grupo permanece concentrado desde as primeiras horas da manhã, acompanhando a movimentação no fórum e aguardando o início do julgamento.
O crime
Yasmin foi morta na noite de 25 de agosto no Bairro Afonso Queiroz. Segundo a Polícia Militar, o companheiro dela, Mauro Vinícius — conhecido como “Galo Cego” — teria efetuado vários disparos contra a jovem dentro da casa onde moravam. A tragédia aconteceu na frente da filha do casal, de apenas quatro anos.
A PM foi acionada após uma sequência de denúncias, incluindo o relato de uma testemunha que chegou a ver, em um status de celular, a imagem de Mauro atirando no rosto de Yasmin. Ao chegarem ao endereço, os policiais ouviram novos disparos e o choro de uma criança. Como ninguém respondia, os militares entraram no imóvel, onde encontraram Yasmin já sem vida e a menina ilesa, no quarto.
O acusado também estava ferido. Ele contou aos policiais que teria descoberto uma traição e decidiu tirar a vida da esposa e a própria vida. Mauro atirou contra o próprio queixo, mas sobreviveu após ser socorrido.
O caso ganhou grande repercussão pela brutalidade e pelas circunstâncias do crime. Mauro Vinícius foi denunciado por homicídio, agravado pelo feminicídio, motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e na presença da filha de 4 anos, além do vilipêndio de cadáver, uma vez que ele atirou e publicou o crime nas redes sociais. Ele vai a júri popular hoje, no Fórum de Patos de Minas.
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