A estrutura não é das mais adequadas e os estudantes sofrem para frequentar as aulas.
Os pais de estudantes da Escola Municipal Frei Leopoldo iniciaram um abaixo-assinado para tentar sensibilizar as autoridades para a situação degradante em que seus filhos estão expostos no espaço improvisado onde as aulas estão sendo realizadas. Sem ventilação, as minúsculas salas de aulas se transformam em um forno durante o dia. Além disso, a presença de escorpiões põe em risco a integridade dos alunos.

O prédio da Escola Municipal Frei Leopoldo começou a ser construído nas férias escolares do início do ano. A previsão era de que as obras fossem concluídas em 240 dias, mas o serviço parou e não tem data para ser retomado. Enquanto isso, os alunos frequentam um imóvel alugado na rua Vereador João Pacheco, encostado no Cemitério Municipal de Santa Cruz. A estrutura não é das mais adequadas e os estudantes sofrem para frequentar as aulas.

A servidora pública, Patrícia Assunção Pedra, disse que a situação está insustentável. As janelas das salas de aula são voltadas para um galpão fechado e que é coberto por telhas de zinco. O calor é tanto, segundo os pais, que é comum alunos e até os funcionários passarem mal durante as aulas. A presença de escorpiões e o trânsito perigoso na porta da escola também é motivo de preocupação dos pais.

A própria direção da escola reconhece que a situação não é das mais adequadas. O abaixo-assinado que está sendo produzido será encaminhado para a Prefeitura, Câmara Municipal, Ministério Público e Conselho Tutelar. Os pais querem que as obras no prédio da Escola Frei Leopoldo sejam retomadas e concluídas o mais rápido possível.

A assessoria de comunicação da Prefeitura encaminhou nota explicando a situação das obras e o motivo da demora na conclusão do serviço:

“A Secretaria Municipal de Educação esclarece que a empreiteira responsável pela reforma e ampliação da Escola Municipal Frei Leopoldo foi contratada na gestão passada. A reforma foi executada e finalizada, mas quando foram iniciar a ampliação não tinha sido apresentado o projeto estrutural, nem hidráulico e elétrico. Assim, a empreiteira foi obrigada a parar a obra até que sejam apresentados os referidos projetos.

O Município já providenciou o projeto estrutural, sendo que os projetos hidráulico e elétrico necessitam da realização de um processo seletivo para a contratação de profissional específico para as áreas, uma vez que a Administração Municipal não dispõe dos mesmos. Porém, na chamada realizada nenhum candidato se apresentou ao cargo.

A Secretaria Municipal de Planejamento e a Procuradoria-Geral do Município estão verificando a possibilidade e legalidade de se conseguir tais projetos pela Amapar. Assim que os projetos forem entregues à empresa responsável pela obra, a mesma dará andamento e término a ampliação.

A Secretaria Municipal de Educação esclarece, ainda, que está verificando com a direção da escola a possibilidade de mudança dos alunos para a parte do prédio já reformado”.

Autor: Maurício Rocha