Depois de cassar o mandato de dois vereadores em menos de um mês, a Câmara Municipal de Patos de Minas terá mais uma denúncia para investigar. O educador físico, Hudson Wiris, acusa o vereador Vitor Porto (Cidadania) de compra de voto e estelionato eleitoral. Vitor votou pela cassação de Lázaro Borges por este mesmo motivo.

Hudson disse que conheceu Vitor Porto em 2017, quando ele se preparava para a Campanha de deputado estadual. Na época, o educador físico ocupava um cargo público na Praça Céu. Naquela eleição, Vitor não foi eleito, mas a parceria entre eles continuou em 2020. O educador físico afirma que Vitor Porto ofereceu o cargo de diretor da Praça Céu para que ele o apoiasse na eleição.

Hudson afirmou que chegou a questionar Vitor Porto, uma vez que vereador não tem competência para fazer nomeação para cargos de confiança no Executivo, mas recebeu a garantia do parlamentar. “Te dou minha palavra. Você vai entrar na Praça Céu”, teria dito Vitor Porto. O educador físico disse que o vereador chegou a levá-lo em uma reunião com o prefeito Luís Eduardo Falcão.

Como a nomeação não saiu, Vitor teria oferecido ajuda financeira ao educador físico. “Se nada que disse der certo, eu Vitor Porto, vou te dar um salário de R$ 2 mil e você vai continuar na Praça Céu”, teria dito o vereador segundo Hudson. Ele inclusive mostrou recibos de pagamentos totalizando mais de R$ 1 mil em nome do parlamentar. Hudson disse que vai levar a denúncia à Câmara Municipal e também ao Ministério Público.

Durante entrevista, Hudson mostrou uma ocorrência registrada pela Polícia Militar, recibos e também um contrato entre o educador físico e o vereador. O denunciante disse que já fez uma reunião com o Presidente da Câmara Municipal, Ezequiel Macedo, e foi orientado a montar o processo. Ele contratou advogado e que na próxima semana deverá formalizar a denúncia no legislativo e nas outras esferas.

Nós procuramos o vereador Vitor Porto para pedir um esclarecimento e preferiu participar ao vivo do programa Contraponto desta sexta-feira (26) para se defender da denúncia feita pelo educador físico.