O técnico Dunga confirmou nesta sexta-feira o time que vai enfrentar a Argentina no sábado, em Pequim, com a entrada do volante Elias no meio-campo na vaga do lesionado Ramires, e reforçou a tese de futebol de resultados nesse começo de trabalho após a frustração na Copa do Mundo em casa.

O time tem como base a equipe que venceu os amistosos contra Colômbia e Equador, em setembro. O Brasil deve entrar em campo com Jéfferson, Danilo, David Luiz, Miranda e Filipe Luis; Luiz Gustavo, Elias, Willian e Oscar; Diego Tardelli e Neymar.

“Vai jogar o time que vem treinando”, disse Dunga a jornalistas.

Enquanto o Brasil ainda é uma equipe em construção após o quarto lugar no Mundial, a Argentina vem de um vice-campeonato mundial no Maracanã e de uma vitória importante em amistoso sobre a Alemanha, que a derrotou na final da Copa do Mundo no Rio.

Mesmo assim, o treinador brasileiro, que fará sua terceira partida desde a volta à seleção brasileira, não vê favoritismo dos rivais, e reconhece que resultados positivos nesse começo de trabalho são fundamentais para o Brasil visando a Copa de 2018.

“São duas seleções de prestigio. Se diz que resultado não é importante, para mim é importante com a qualidade técnica e forma de jogar”, disse Dunga, que comandou o Brasil pela primeira vez entre 2006 e 2010.

“Eles foram vice-campeões, ganharam da Alemanha recentemente e têm essa expectativa, mas ninguém sabe o que pode acontecer num Brasil e Argentina, e confio sempre no talento dos brasileiros."

O duelo vai colocar frente à frente os craques Neymar e Messi, que jogam juntos no Barcelona, da Espanha.

“A cada jogo vemos a qualidade dos dois, se completam, são fantásticos, mas sempre é um jogo disputado. Não tem chave para o jogo como esse”, disse Dunga sobre o duelo.

O treinador não pretende montar um esquema especial de marcação para o craque argentino, e também não acredita que a Argentina fará uma marcação individual sobre Neymar.

“Se uma equipe marcasse só um jogador e resolvesse... mas um time é um coletivo, e os dois são fantásticos”, afirmou.

O treinador brasileiro mostrou certa preocupação com a poluição do ar em Pequim, além do desgaste dos jogadores com a longa viagem até a China.

“A poluição está aí e tem que enfrentar... ela vai desgastar mais os jogadores".

Fonte: Agência Reuters