A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) avalia que o dólar mais forte frente ao real deverá estimular petroleiras estrangeiras a participar da 13ª Rodada de Licitação de áreas de petróleo e gás no início de outubro.

O dólar, que operou nesta quinta-feira em máximas históricas frente ao real, pode ajudar a compensar eventual desinteresse decorrente dos preços mais baixos do petróleo, cujo mercado registra excedente.

"Com o dólar subindo, as empresas estrangeiras pagam menos pelas áreas. Elas precisam de menos dinheiro para comprar as áreas. Isso ajuda na competição", disse à Reuters a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, lembrando que o câmbio atual deixa o leilão mais barato para quem opera com moeda estrangeira.

O dólar subiu quase 50 por cento ante o real neste ano.

"Para efeito de bônus (pago no leilão), o câmbio neste patamar ajuda", acrescentou ela.

Segundo Magda, a alta da moeda norte-americana frente ao real exigirá menos esforços de caixa das empresas estrangeiras, que são maioria entre as 37 habilitadas para o certame programado para acontecer em 7 de outubro, no Rio de Janeiro.

Magda disse também que o dólar forte frente ao real terá baixo impacto sobre os investimentos futuros voltados para exploração e produção das áreas que serão ofertadas no leilão de outubro.

Ela destacou que o Programa Exploratório Mínimo (PEM) e o Programa de Desenvolvimento dos campos não seriam afetados, tendo em vista que eles são executados no médio e longo prazos.

Fonte: Agência Reuters