No dia 1º de Janeiro de 2017, ao mesmo tempo em que tomam posse, os 17 vereadores eleitos em Patos de Minas vão escolher o novo presidente da Câmara Municipal de Patos de Minas. A disputa, no entanto, acontece bem antes e tem movimentado os bastidores do legislativo. Pelo menos quatro vereadores se colocaram como pretensos candidatos, sendo que dois deles aparecem com mais disposição.
Reeleito pelo Democratas, Francisco Frechiani faz campanha entre os vereadores para alcançar a presidência da Câmara pela segunda vez. Ele disse que não vai procurar os líderes partidários, já que o voto pertence ao vereador. O parlamentar afirmou que já tem pelo menos 10 votos confirmados, o que garantiria a vitória com folga.
Para chegar a presidência, no entanto, Francisco Frechiani precisa vencer a concorrência dentro de seu próprio partido. Embora tenha o maior número de vereadores, seis no total, o Democratas tem outros pretensos candidatos à presidência. Otaviano Marques já declarou que quer voltar a assumir o comando do legislativo. A ex-prefeita Beia Savassi, eleita a vereadora com o maior número de votos da história, também já disse que pode pleitear a vaga.
Do outro lado está o vereador Braz Paulo. Reeleito para o segundo mandato, como o segundo vereador mais bem votado da última eleição, o parlamentar pretende ocupar a presidência da Câmara pela primeira vez. Braz faz parte da chamada Frente Ampla, o que lhe garante três votos e vai ter que trabalhar muito para alcançar os nove votos necessários.
A missão de Braz Paulo parece ser mais difícil, mas é perfeitamente realizável. Para isso, o vereador terá que convencer primeiro o PMDB, o que poderia lhe render os quatro votos da legenda. A negociação com o PT não parece ser das mais árduas. Bosquinho é o único vereador eleito do Partido dos Trabalhadores e também pretende ser presidente da Câmara, mas como bom estrategista, pode abrir mão por um projeto que dê a vitória na eleição. Assim Braz Paulo ficaria dependendo de apenas um voto, que poderia vir do PTB ou do PRB.
Com as mudanças feitas pelos vereadores, a partir de agora, o mandato da mesa diretora da Câmara terá duração de dois anos e não 12 meses como é atualmente. O próximo presidente terá um orçamento de R$ 12.300.000,00 para administrar. A eleição vai acontecer somente no dia 1º de janeiro e até lá muita coisa ainda pode acontecer.
Autor: Maurício Rocha
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