A situação precária das instalações do Instituto de Criminalística de Minas Gerais, revelada em primeira mão na edição do Jornal da Itatiaia dessa quarta-feira, não limita-se apenas aos problemas de eletricidade. Como revelou a Itatiaia, uma pane elétrica desligou o freezer e amostras de DNA de 230 casos foram comprometidas, já que os tecidos apodreceram.

O laboratório do Instituto foi construído há 20 anos, quando a demanda era bem menor. Problemas como amostras de DNA armazenadas em freezers que ficam em corredores, fiação elétrica improvisada, falta de plano de combate a incêndio, falta de recursos materiais e número reduzido de profissionais fazem parte da rotina.

Após a denúncia da Itatiaia, o presidente do Sindicato dos Peritos, Wilton Ribeiro de Sales, pediu a interdição do setor de biologia do prédio.

Em entrevista coletiva, o diretor do Instituto de Criminalística, Marco Paiva, disse que somente neste ano foram feitos nove pedidos para reestruturação da parte elétrica do prédio, mas não foi atendido. Além disso, ele confirmou que o orçamento de R$ 4 milhões previsto para obras não chegou totalmente.

Em nota, a Polícia Civil informou que não recebeu qualquer pedido de reforma no Instituto de Criminalística.

Fonte: Itatiaia