Mais de 30 horas depois de iniciada a rebelião na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PR), dez agentes penitenciários e detentos ainda são reféns dos presos rebelados. Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), a situação é crítica e as negociações não evoluem.

No fim da tarde desta terça-feira (14), por volta das 17h30, um terceiro agente foi liberado ferido e foi encaminhado para um serviço de saúde. Segundo o Sindarspen, os outros dois que foram liberados estão feridos e os que  continuam reféns estão sendo torturados psicologica e fisicamente. No começo da rebelião, presos jogaram material inflamável em um agente e queimaram 20% do corpo do profissional, que foi o primeiro refém liberado.

Em alguns momentos, os rebelados concentraram-se no telhado do presídio, onde mantiveram reféns vendados e amarrados ao para-raio e penduraram outro de cabeça para baixo. Segundo o sindicato, pelo menos mais dez pessoas foram feridas e encaminhadas para a emergência da cidade, entre elas, seis que foram jogadas do telhado.

Na manhã de hoje os presos entregaram uma lista de exigências para a Secretaria Estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. Entre elas está a transferência de presos para outro presídio.

O motim começou por volta das 11h30 da manhã desta segunda-feira (13), quando parte dos internos era conduzida a um canteiro de trabalho no interior do presídio. Com capacidade para 240 presos, a Penitenciária Industrial de Guarapuava abriga 239 detentos. Cerca de 80 presos começaram o motim.

Fonte: EBC