O prefeito Luís Eduardo Falcão já tem os valores estipulados pela Copasa para encerrar contrato de prestação dos serviços de água e esgoto em Patos de Minas. Em entrevista ao Contraponto do Patos Hoje nesta segunda-feira (22), o chefe do executivo informou que a direção da Companhia apontou o valor da indenização em R$ 393 milhões. Entretanto, esses números ainda serão levantados.

Uma comissão foi formada para avaliar o valor real da indenização a ser paga à Copasa pelo encerramento do contrato antes do prazo. O grupo é composto por servidores da Prefeitura de Patos de Minas e por técnicos da Copasa. Eles vão levantar os investimentos feitos pela Companhia em Patos de Minas ao longo desses anos, a despesa com acerto de funcionários, entre outros.

Segundo o prefeito Falcão, após a apuração dos valores, o processo vai para a Arsae - que é a Agência Reguladora e é quem vai decidir a real indenização a ser paga.

Mesmo se for mantido este valor de R$ 393 milhões de indenização para a Copasa, para o prefeito Luís Eduardo Falcão é perfeitamente possível encontrar uma empresa disposta a bancar esse custo. O novo contrato a ser assinado tem prazo de 35 anos e os valores de arrecadação nesse período, com base no que a Copasa arrecada na cidade, podem chegar a R$ 3,6 bilhões, o que compensaria o valor da indenização.

Pelo cronograma estabelecido pela Prefeitura, a licitação para contratar um novo prestador para os serviços de água e esgoto em Patos de Minas é maio deste ano. Uma audiência pública está marcada para a próxima segunda-feira (29) às 17h no Auditório da CDL. Esses prazos, no entanto, podem não ser cumpridos, uma vez que a Copasa levou o caso para à Justiça.

Copasa emite nota aos acionistas

A Copasa é uma empresa de economia mista, tem acionistas como sócios do Governo de Minas e eles cobraram explicações da companhia. Em nota a diretoria da Copasa informou que está ciente do processo de encampação dos serviços de água e esgoto realizado pelo município de Patos de Minas e disse que, embora a lei aprovada pela Câmara esteja sendo questionada na Justiça, caso o processo de licitação seja realizado, a própria Copasa poderá participar do certame para garantir a permanência na cidade.

Segundo a nota da Companhia, Patos de Minas representa 1,6% da receita líquida da Companhia.