Patos de Minas pode perder a Central do Samu Regional para a cidade de Paracatu. A direção do consórcio criado pelos municípios da região Noroeste e Alto Paranaíba de Minas Gerais, CISREUNO (Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência do Noroeste), informou que o Prefeito Pedro Lucas está dificultando a implantação do SAMU Regional. O Prefeito Pedro Lucas fala que a central traria problemas para Patos de Minas e o consórcio é que não estaria conseguindo viabilizar a instalação.
De acordo com o consórcio, Patos de Minas seria beneficiada, com geração de empregos através da criação de uma base de controle regional na cidade, redução de cerca de R$150.000,00 nos custos da prefeitura, já que o consórcio assumiria parte do custeio do SAMU que funciona em Patos de Minas atualmente, além da ampliação de mais três ambulâncias, sendo uma delas UTI.
No entanto, ainda segundo o consórcio, o prefeito Pedro Lucas (PSD) estaria insistindo em não fazer parte da implantação do SAMU REGIONAL, ou seja, atrasando a regionalização, que pretende estender o SAMU a cidades como Lagoa Formosa, Presidente Olegário, Paracatu, João Pinheiro, Lagoa Grande, Carmo do Paranaíba, Vazante e mais outras 25 cidades da região.
A direção do Consórcio ressaltou que a regionalização, além de revolucionar o atendimento, organiza a rede de urgência e emergência no Noroeste e Alto Paranaíba adotando uma linguagem única nos pontos de atenção, integrando hospitais, unidades de saúde, sistemas de transporte em saúde e projetos de atendimento a pacientes em caso de emergência.
Segundo o consórcio, os prefeitos da região não conseguem entender a resistência do prefeito em não se integrar ao sistema. Sendo que Patos de Minas seria a central, que funcionaria 24 horas, sete dias por semana, dispondo para acionamento em toda região, fácil e gratuito pelo número nacional de urgências médicas, o 192.
O Secretário Executivo do CISREUNO, Waine Saldanha Silva, confirmou que abriu negociação com uma faculdade daquela cidade para poder implantar o SAMU Regional. No entanto, ele salientou que a vontade é que a Central seja em Patos de Minas que é o município que possui uma melhor estrutura.
Ele ainda ressaltou as grandes vantagens para os 33 municípios que compõem o consórcio. “Haverá mais recursos financeiros e mais 28 ambulâncias e também equipamentos. O SAMU Regional terá verbas Federal, Estadual e Municipal”, afirmou. Ele concluiu dizendo que vem negociando com o Prefeito Pedro Lucas há cerca de 90 dias e falta apenas a autorização do Prefeito Pedro Lucas para a realização de um convênio com o UNIPAM que já se mostrou favorável.
A versão do Prefeito Pedro Lucas
Por outro lado, o Prefeito Pedro Lucas culpou o próprio consórcio. Após solicitação de um posicionamento sobre a polêmica, o chefe do executivo de Patos de Minas entrou em contato com o Patos Hoje por telefone e disse que o município já doou um terreno para a central do Samu Regional e também permitiria o uso da Antiga Upa na Avenida Marabá para a instalação da central, no entanto, eles decidiram fazer um convênio com o UNIPAM.
Ele também falou que teria que arcar com R$0,25 per capita, o que giraria em um custo para Patos de Minas de aproximadamente R$37.500,00 mensais, sem o funcionamento efetivo do SAMU Regional. O prefeito ainda informou que a Central do SAMU em Patos de Minas traria muitos problemas para a rede hospitalar. Com relação ao helicóptero do SAMU que ficaria em Patos de Minas, ele justificou dizendo que o Estado não vai conseguir adquirir a aeronave.
O prefeito apresentou as leis que permitiram a doação do terreno e também da intenção de que Patos de Minas faça parte do SAMU Regional. Para concluir, Pedro Lucas disse que não abre mão dos pontos que defende e avaliou que está faltando competência das pessoas que estão gerindo o consórcio.
Autor: Farley Rocha
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