Flávio Henrique - Delegado de homicídios

Patos de Minas terminou o ano de 2010 com um saldo de 22 homicídios. Este número é menor que os 25 registrados em 2009 quando este tipo de crime explodiu na cidade, mas ainda está muito acima dos anos anteriores que tiveram média de cerca 12 homicídios. Por outro lado, os índices de apuração dos crimes contra a vida no ano passado alcançaram níveis de primeiro mundo.

Se a impunidade apontada por especialistas como a principal causa dos homicídios no Brasil, em Patos de Minas este tipo de crime tende a diminuir. Enquanto os departamentos de investigação no país não conseguem apurar nem metade dos homicídios registrados, em Patos de Minas, a Delegacia de Crimes Contra a Vida não perdeu um único caso em 2010.

De acordo com o delegado de homicídios, Flávio Henrique da Costa Luciano, dos 22 homicídios registrados em 2010, apenas dois inquéritos ainda não foram concluídos. Ele esclareceu, no entanto, que os crimes ocorridos nos meses de Janeiro e Novembro estão apurados e que a documentação será encaminhada à Justiça nos próximos dias.

E a apuração dos homicídios ocorridos no ano passado trouxe uma surpresa. Ao contrário de 2009, quando a maioria dos crimes teve como motivação o tráfico e consumo de drogas, em 2010 a maioria dos homicídios teve motivação passional. Segundo o delegado titular da pasta, apenas quatro homicídios no ano passado tiveram as drogas como motivação.

O delegado esclareceu também que o crime mais difícil de ser apurado foi o de Aparecido Eli Rosa, encontrado morto em uma casa abandonada no bairro Jardim Paulistano. O proprietário do imóvel, Moacir da Costa Borges e a esposa dele tiveram a prisão preventiva decretada pela justiça e aguardam julgamento no Presídio Sebastião Satiro.

Mas se o trabalho em 2010 teve bons resultados, 2011 começou com um desafio para os agentes da Delegacia de Homicídios. Quem matou José Ronaldo de Sousa Borges? O homem de 52 anos foi morto a tijoladas na madrugada de terça-feira (11) no final da rua Prefeito Camundinho. Ainda não há pistas dos assassinos.

Autor: Maurício Rocha