Francisco Mendonça, conhecido como Chico Mendonça, foi o primeiro a responder os questionamentos dos parlamentares da CPI. Acompanhado do seu advogado e seu pai, José Mendonça, o secretário de agricultura da época, em cerca de uma hora e meia, respondeu todos os questionamentos, informando que não teve participação nos desvios e que provavelmente só Edgar Pinheiro teria participado no crime de peculato.
Chico contou que, na época, assim que foi solicitado pelos vereadores para prestar esclarecimentos sobre as contas do Ceasa pediu ao Edgar para fazer o relatório, mas foi "embromado" pelo diretor de abastecimento. Sem resposta, o então secretário pediu a outro funcionário para investigar o que teria acontecido, sendo comprovado o desvio. Depois disso, tomou todas as medidas cabíveis, inclusive pedindo a exoneração de Edgar.
No entanto, quando o vereador João Bosco lhe questionou a respeito da obrigação legal de que o diretor deveria lhe prestar contas mensalmente, Chico Mendonça disse que não sabia dessa obrigação e admitiu que não cobrava essa prestação de conta porque tinha plena confiança em Edgar. “Ele foi um traidor”, afirmou o ex-secretário. Em entrevista, Chico Mendonça afirmou que os culpados devem ser condenados e que a verdade deve ser esclarecida.
Depois das declarações do ex-secretário de agricultura, foi a vez do principal suspeito do rombo de cerca de R$240 mil do Ceasa Regional. No entanto, as declarações de Edgar Pinheiro não foram muito esclarecedoras. Ao lado de seu advogado, Rogério Araújo Lopes Cançado, ele se reservou no direito de ficar calado e não respondeu nenhuma pergunta feita pelo relator da CPI, Pedro Lucas. Nem com o pedido do vereador Bosquinho, que ressaltou a importância dos esclarecimentos dele, Edgar não quis contribuir com as investigações.
O Presidente da CPI, Sílvio Gomes, reprovou a atitude de Edgar e disse que os trabalhos da comissão vão continuar no sentido de descobrir quanto realmente foi desviado dos caixas do Ceasa. Segundo ele, os computadores onde estavam as informações foram corrompidos e agora terá que ser feita uma investigação bancária para saber os valores exatos. Ele informou que a suspeita é de que tenham sido desviados cerca de R$ 5 mil semanais, durante dois anos.
Pedro Lucas, relator da CPI, afirmou que através do que foi apurado nota-se que houve uma desorganização da administração para gerir o dinheiro público. Ele pediu relatórios bancários para identificar o tamanho do rombo. Com poucas pessoas no plenário, a audiência terminou por volta das 14h45.
Autor: Farley Rocha
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