A Câmara Municipal de Patos de Minas iniciou a reunião extraordinária que vai votar o relatório da Comissão Processante que pede a cassação do vereador Marcos Antônio Rodrigues, o Marquim das Bananas. Ele foi denunciado por uma de suas assessoras por assédio sexual. A seção não tem hora para acabar.

Marquim das Bananas (PSD) é o segundo vereador mais votado de Patos de Minas na atual legislatura. Ele teve 1.828 votos, ficando atrás apenas de João Marra, que teve 5.992. Para se manter no cargo, no entanto, ele vai depender de pelo menos cinco votos de seus colegas vereadores.

Se depender do relatório da Comissão Processante formada pelos vereadores Cabo Batista, José Eustáquio e Mauri da JL, Marquim das Bananas não permanecerá no cargo. Em um duro relatório, os vereadores que analisaram a denúncia de assédio sexual pedem a cassação do mandato de Maquim das Bananas.

A reunião acontece à portas fechadas. Como o processo corre em segredo de justiça, a imprensa não tem acesso ao plenário. A previsão é de que a seção tenha longa duração. Isso porque a Lei prevê amplo direito de defesa ao vereador denunciado. Os advogados poderão fazer requisições diversas e, ao final, terão prazo de duas horas para apresentar a defesa do vereador.

A primeira requisição feita pela defesa do vereador Marquim das Bananas é para que a Câmara investigue o vazamento do relatório final da Comissão Processante. O presidente da Câmara, Ezequiel Macedo, negou que o documento tenha saído da mesa diretora da casa.

A segunda requisição da defesa foi a leitura do processo de 300 páginas, o que deverá levar toda a manhã.

Segundo o Decreto-Lei Nº 201, de 27 de fevereiro de 1967, para a cassação do mandato de vereador, são necessários 2/3 dos votos do total de vereadores, ou seja, nesta Casa Legislativa são necessários 12 votos para a cassação do mandato do parlamentar denunciado.