Como foi definido em assembleia na última semana, os bancários iniciaram um movimento de greve em todo o país nesta terça-feira (06). Em Patos de Minas, sindicalistas foram para as portas das agências convencer os bancários a aderirem à paralisação. Funcionários de pelo menos três agências cruzaram os braços.
A categoria quer reajuste salarial de 16% (que corresponde à reposição da inflação mais 5,7% de aumento real). Para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), a reivindicação é de três salários mais R$ 7.246,82 de parcela fixa adicional. Também ficou definido piso com base no salário mínimo do Dieese (R$ 3.299,66) e o 14º salário. O valor do vale-alimentação e da 13ª cesta reivindicado é de R$ 788. Para o vale-refeição, R$ 34,26 ao dia.
Os bancários também reivindicam melhores condições de trabalho, mais contratações, ampliação do tempo de atendimento aos clientes e o fim das metas abusivas. A proposta oferecida pela Federação dos Bancos está muito distante da pauta de reivindicação da categoria. A FEBRABAN ofereceu apenas 5,5% de reajuste.
A decisão de entrar em greve em Patos de Minas foi unânime. Funcionários da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Bradesco já aderiram à paralisação. Cartazes com indicação de greve foram pregados nas três agências. No Banco do Brasil, os panfletos foram afixados mais alto porque a agência amanheceu com os vidros tomados por um produto que evita a fixação de cartazes.
A expectativa é de que o movimento cresça nos próximos dias. De acordo com o diretor do Sindicato dos Bancários de Patos de Minas, Gilmar Caixeta, assim como acontece em outros anos, a adesão da categoria aconteceu gradativamente. No ano passado, apenas uma agência na cidade não aderiu à greve.
A greve deve atingir principalmente o atendimento nos caixas das agências. O gerente da Caixa, Domingos Sávio, orientou os correntistas a utilizarem as lotéricas e correspondentes bancários e os meios eletrônicos, como o autoatendimento.
Autor: Maurício Rocha
