Minas Gerais atingiu a cobertura de 91,78% da população na vacinação contra a gripe, destinada à população maior de 60 anos. Em balanço final divulgado nessa terça-feira (29) pelo Ministério da Saúde, Minas Gerais aparece com o melhor índice entre os quatro estados da região Sudeste e 10º lugar nacional. Dos 853 municípios mineiros, 813 atingiram a meta de 80% de cobertura. Foram aplicadas 1.639.236 doses da vacina.

A coordenadora estadual de imunização,Tânia Brant, acredita que os números demonstram uma busca maior da população por um envelhecimento sem doenças. Tânia ressalta que a alta cobertura vacinal é uma importante arma para redução de óbitos e internações ocasionadas por pneumonias e gripe. Desde que a vacinação começou a ser feita, em 1999, houve uma diminuição de 30% das internações por pneumonia e por doenças pulmonares obstrutivas crônicas no Estado. Nas últimas décadas, a imunização contra Influenza tem sido a principal medida para vigilância e controle da Gripe e redução da morbi-mortalidade relacionada à doença”, afirmou.

Outro ponto destacado pela coordenadora é o apoio da imprensa na divulgação deste tipo de campanha, uma vez que a informação é capaz de motivar as pessoas a usarem o que têm direito e promover a saúde.

Rubéola

O próximo desafio é a erradicação da rubéola, com a realização de uma campanha para vacinação contra a doença. A expectativa é vacinar 9,6 milhões de mineiros com 12 a 39 anos de idade. De acordo com Tânia Brant, o envolvimento da sociedade civil é de fundamental importância para ajudar a erradicar a doença. “Mobilizar a sociedade e assim, envolver locais de grande movimentação pública, como shopping, escolas, bem como trazer para junto de nós parceiros como dirigentes de associações é a melhor maneira de atingir a população e garantir um futuro saudável para toda criança”, ponderou.

Tânia ainda complementou, explicando que a rubéola é uma doença virótica altamente contagiosa, que geralmente é benigna. Mas se contraída durante a gravidez pode causar uma série de complicações ao feto, como retardo do crescimento, anacefalia (cérebro pequeno), surdez, cegueira e deficiência motora. “A baixa morbidade é usada como desculpa pelas pessoas para justificar a não vacinação. Porém, sabemos que a doença tem aumentado, principalmente entre os homens, que podem transmiti-las às grávidas e causar vários problemas aos bebês”, alertou.