O comando da Polícia Militar e da Polícia Civil em Patos de Minas apresentaram no final da manhã desta quinta-feira (10), o resultado da Operação Colônia, realizada em conjunto entre as duas corporações para combater o tráfico de drogas na região. Cerca de 40 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Patos de Minas, Patrocínio, Guimarânia, Lagoa Formosa e Presidente Olegário.

As investigações tiveram início em junho do ano passado, quando a Polícia Militar fez a apreensão de 6 quilos de cocaína. Por mais de seis meses, a Polícia Civil em Patos de Minas investigou o grupo que seria o dono da droga, sendo nessa fase das apurações identificados os crimes de tráfico de drogas, organização criminosa e porte de arma de fogo. No curso da ação, cinco pessoas foram conduzidas à Delegacia de Plantão em Patos de Minas e quase R$ 12 mil foram apreendidos.

Nesta manhã, a Operação começou ainda de madrugada e contou com a participação de 56 policiais civis e 90 militares, além do Canil da Polícia Civil, da Coordenação Aerotática (CAT) da PCMG, e da Rondas Ostensivas Com Cães (Rocca) da Polícia Militar. Segundo o delegado Érico Rodovalho, que comandou as investigações, todo o núcleo da quadrilha foi preso, mas destacou que o trabalho de investigação vai continuar.


Fases da investigação

No dia 14 de junho do último ano, foram apreendidos mais de seis quilos de cocaína pela Polícia Militar. A suspeita era de que a droga pertencia à organização criminosa e que a movimentação de entorpecentes estaria ocorrendo em grande escala na cidade de Patos de Minas e na região. Dois meses depois, no dia 16 de agosto, militares apreenderam mais de dois quilos de cocaína, e cerca de R$ 5 mil em poder de outro integrante do grupo.

No mês seguinte, em uma ação conjunta das polícias Civil e Militar, no dia 21 de setembro, foram apreendidos 14 quilos de cocaína e mais de R$ 3 mil. As drogas estavam enterradas em tonéis, sendo localizadas com o auxílio de cães farejadores. Um homem apontado como líder do grupo criminoso e a companheira dele também foram presos. Ele estava foragido da Justiça desde o dia 10 de dezembro de 2020, em virtude da operação Coalizão. O casal estava escondido no distrito Colônia Agrícola, em Patos de Minas, local estratégico para recebimento, armazenamento e repasse do material, que era enviado, inclusive, para outras cidades.

No dia 18 de novembro, um dos líderes do grupo teria contratado um motorista de aplicativo para uma viagem a Uberlândia, com o objetivo de comprar uma arma de fogo. Em abordagem da Polícia Civil e da Polícia Rodoviária Federal, o motorista foi preso em poder de uma pistola calibre 380, com numeração raspada. Seis dias depois (24/11), a Polícia Militar realizou buscas em uma moto, de propriedade de um integrante do grupo criminoso, na BR-352. Durante buscas no veículo, foram encontrados cerca de 99 gramas de cocaína e quase seis quilos de maconha. Na ocasião, antes da abordagem, o investigado conseguiu fugir.

Ainda em relação às investigações sobre o grupo, um integrante da quadrilha é investigado pela PCMG por um homicídio ocorrido no dia 16 de outubro do ano passado, em Lagamar, Noroeste de Minas. A suspeita é de que a motivação tenha relação com o tráfico de drogas.

Operação Colônia

O nome da operação se deve ao fato de o grupo criminoso colonizar a venda de cocaína em Patos de Minas, sendo cumpridos mandados de busca em 19 bairros. Nesses locais, os suspeitos reuniam pessoas sem envolvimento em crimes para contribuírem com a organização criminosa