Desta forma, surgem movimentos para tentar promover a renegociação da dívida do Governo do Estado de Minas com a União. Lideranças mineiras no Congresso Nacional lançaram um movimento em Brasília pelo desenvolvimento do Estado, que inclui a renegociação da dívida. A campanha é liderada pelo senador Clésio Andrade e pelo deputado federal e presidente do PMDB Minas, Antônio Andrade.
A Assembleia Legislativa de Minas também iniciou um movimento pela renegociação da dívida. Os deputados mineiros estão percorrendo o Estado e mobilizando lideranças com o objetivo de demonstrar a necessidade de revisão das condições de pagamento desse débito. Na manhã desta sexta-feira (18), o Encontro Regional pela renegociação da dívida foi realizado no auditório da CDL em Patos de Minas.
O encontro teve a participação de lideranças regionais e de deputados estaduais. O presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro, abriu o encontro apresentando os números da dívida de Minas com a União. Em 2011 a dívida cresceu quase R$ 4 bilhões, chegando ao final do ano em R$ 58,6 bilhões. Isso ocorreu porque o Estado deveria ter disponibilizado R$ 7,8 bilhões para pagar os juros e conseguiu apenas R$ 3,3 bilhões.
O problema da dívida são os juros negociados na época e renegociados depois entre o Governo de Minas e a União. O índice é de 7,5% ao ano mais a variação da inflação medida pelo IGP-DI. Isso significa que o Governo do Estado tem que reservar mais de R$ 4 bilhões por ano só para pagar os juros da dívida.
Com a realização dos encontros regionais, as lideranças de Minas pretende provocar um acordo entre o Governo do Estado e a União pela renegociação da dívida do Estado, fazendo que sobre mais recursos para os investimentos necessários no Estado.
Autor: Maurício Rocha
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