Rachaduras em moradia do Minha Casa, Minha Vida tiram o sono de moradores
O imóvel está tomado por rachaduras e corre risco de desabar.
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Moradores do conjunto habitacional Coração Eucarístico em Patos de Minas estão apavorados com as condições da casa que acabaram de receber do Programa Minha Casa, Minha Vida. O imóvel está tomado por trincas e rachaduras. Temendo que a construção desabe, eles acionaram o Corpo de Bombeiros para fazer uma vistoria na estrutura.
A casa nova conquistada depois de seis anos de espera veio como um presente de natal para a família do Idalino e da Naiara, que na época estava grávida de nove meses. A mudança no dia 24 de dezembro foi feita em clima de festa. Mas não demorou muito e o sonho da casa própria se transformou em pesadelo.
A cada dia surgia um trinco novo nas paredes da casa. Hoje são verdadeiras rachaduras dentro e fora da casa. O piso da sala estava dividido ao meio por um trinco enorme. Portas e janelas já não fecham mais. O trinco na parede da frente, no entanto, é o que mais preocupa. A parede está quase um dedo fora da base.
Idalino e Naiara moram na casa com os quatro filhos pequenos, a Júlia de 5 anos, a Vitória de 4 anos, o João Vitor de um ano e nove meses e o pequeno Davi, de dois meses. Idalino disse que está passando noites em claro, com receio da casa desabar. Naiara também relata a preocupação de deixar os filhos correndo risco.
O casal disse que entrou em contato com a construtora responsável pela obra, mas que não conseguiu chegar a um acordo. Eles querem que o problema seja resolvido em definitivo. Naiara e Idalino também pediram o auxílio da Caixa Econômica Federal e da Prefeitura, já que a casa pertence ao Programa Minha Casa, Minha Vida.
O gerente da agência central da Caixa, Roberto Piau, informou que os contratos do Programa Minha Casa, Minha Vida contém cláusulas com responsabilidades para o construtor e um seguro que protege o mutuário de qualquer prejuízo.
A direção da construtora responsável pela construção do conjunto habitacional Coração Eucarístico também se prontificou para resolver o problema. A empresa afirma que só não iniciou a obra antes porque os moradores não permitiram.
Autor: Maurício Rocha