Militar patense dá lição de solidariedade em Missão de Paz no Haiti

Violência, destruição, muita miséria e solidariedade. Foi com esse ambiente que o cabo Adiel conviveu nos últimos oito meses.


O cabo Adriel doava alimento para os abrigos e distribuía carinho e cuidado entre as crianças órfãs.
Violência, destruição, muita miséria e solidariedade. Foi com esse ambiente que o cabo Adiel conviveu nos últimos oito meses. O militar que deixou Patos de Minas para servir ao Exército Brasileiro acaba de cumprir uma etapa da Missão de Paz no Haiti. Ele voltou para casa renovado e cheio de histórias emocionantes para contar.

Adiel é daquelas pessoas que nasceram para o servir à nação. Desde criança sonhava em vestir a farda do Exército Brasileiro. Mal completou 18 anos e lá estava ele pronto para se alistar. Dedicado à corporação, o jovem militar logo se destacou e não demorou para se tornar cabo armeiro da unidade onde atua em Brasília.

No início deste ano Adiel foi convidado para participar da Missão de Paz no Haiti. Mesmo com casamento marcado, ele não vacilou. Arrumou as malas, participou de um curso da ONU e seguiu para o maior desafio da vida. Os primeiros dias no país devastado por terremotos, furacões, violência, corrupção e muita miséria foram de surpresas.

Adiel foi designado para acompanhar o comandante do Exército Brasileiro na Missão de Paz no Haiti, mas impressionado com tanta miséria ele decidiu fazer mais. Ajudava nas patrulhas, estocava as sobras da comida fornecida pelo Exército e doava para os abrigos e distribuía carinho e cuidado entre as crianças órfãs.

Aliás, foi pela solidariedade que Adiel viveu uma das histórias mais emocionantes no Haiti. Na visita a uma área de extrema pobreza, o militar decidiu presentear duas crianças que saíram do meio do lixo com pães. Em seguida surgiram mais duas, mais quatro e em poucos minutos eram mais de 300 pessoas famintas saindo da montanha de lixo. A situação ficou incontrolável. Para evitar um problema de proporções maiores, Adiel pegou uma caixa de alimentos e ordenou que o padre seguisse com a viatura. No meio da multidão, o militar jogou a caixa e correu para pegar a viatura.

Segundo Adiel, no Haiti, as pessoas matam por um pedaço de pão. A pobreza é tanta que os haitianos não conseguem se erguer do terremoto que destruiu boa parte do país. O esgoto corre à céu aberto, falta água e principalmente comida. A violência ainda é muita. É comum ver criminosos amarrados no meio da rua, sendo agredidos e até mutilados e mortos.

Entre as muitas lições que tirou na Missão, o militar destaca que muitas pessoas reclamam da vida, sem conhecer que existe uma multidão que nem vida tem para reclamar. Comparando Patos de Minas com Porto Príncipe, a capital do Haiti, Adiel afirma que aqui não existe pobreza.

Autor: Maurício Rocha

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