Médicos declaram morte de garota baleada no rosto e família decide doar órgãos
A garota de 15 anos baleada no rosto no último domingo no bairro Várzea em Patos de Minas não resistiu aos ferimentos.
A constatação da morte cerebral da garota que foi atingida por um disparo no rosto aconteceu por volta das 18h00, após a realização de dois testes. A equipe do Dr. Thompsom Palma, do MG Transplante, veio a Patos de Minas para a captação. Ele confirmou que um rim e o fígado irão para Belo Horizonte. As córneas e o outro rim seguirão para Uberlândia. Ele reconheceu a solidariedade da família em superar a dor em um momento tão traumático e fazer o gesto de solidariedade.
Com a doação, pôde-se corrigir um dado importante que foi noticiado pela imprensa de forma equivocada. A garota, Paula Soares Maciel, não tinha 17 anos como constava na ocorrência da Polícia Militar e sim 15 anos. A pouca idade da garota que tinha toda uma vida pela frente gera um trauma ainda maior. De acordo com ele, uma aeronave da capital do estado deve vir à cidade nesta tarde buscar os órgãos.
O coração também estava disponível, mas não foi possível a captação. O médico coordenador do MG Transplante na região também ressaltou a quantidade expressiva de doação de órgãos no município. De acordo com ele, a cidade atualmente supera as doações realizadas em Uberaba.
Os disparos aconteceram na noite de domingo (01) quando a garota estava na companhia de amigos na Rua Duque de Caxias, próximo à esquina da Rua São Paulo. Um tiro atingiu o olho e ficou alojado na cabeça. De acordo com a contagem da Polícia Civil, este foi o 25º homicídio do ano na cidade. E a morte deve aumentar ainda mais a tensão entre grupos do bairro Nossa Senhora Aparecida e São José Operário.
Os moradores estão assustados e preocupados. Na segunda-feira à noite, atiradores teriam aberto fogo na Rua Jesus de Nazaré e casas e carros foram atingidos. De acordo com eles, o clima é de muita insegurança. As informações dão conta de que há grupos nas esquinas esperando por uma reação. As pessoas que residem nos bairros disseram que mais mortes podem acontecer.
Autor: Farley Rocha