Justiça manda Vale parar barragens; impacto é de 30 mi t de minério ao ano

A decisão judicial tem potencial de reduzir a produção de minério de ferro da empresa em uma escala de aproximadamente 30 milhões de toneladas por ano.

Uma decisão judicial que determinou a paralisação de oito barragens de mineração da Vale tem potencial de reduzir a produção de minério de ferro da empresa em uma escala de aproximadamente 30 milhões de toneladas por ano, considerando que as operações na mina de Brucutu seriam afetadas, informou a companhia nesta segunda-feira.

A 22ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte determinou que a empresa se abstenha de lançar rejeitos ou praticar qualquer atividade potencialmente capaz de aumentar os riscos das barragens Laranjeiras, Menezes II, Capitão do Mato, Dique B, Taquaras, Forquilha I, Forquilha II e Forquilha III, disse a Vale em fato relevante.

Três dessas barragens, no entanto, utilizam a metodologia de alteamento a montante e por isso já estavam inoperantes e abrangidas pelo plano de descomissionamento anunciado após o desastre de Brumadinho, acrescentou a empresa, listando as barragens Forquilha I, Forquilha II e Forquilha III.

Já a barragem de Laranjeiras, da mina de Brucutu (complexo de Minas Centrais), não foi construída pela tecnologia a montante, empregada nas estruturas de Brumadinho e Mariana (MG), que desabaram.

A companhia também destacou no comunicado que as demais barragens à exceção de Laranjeiras são estruturas convencionais, para contenção de sedimentos, e não disposição de rejeitos, e que todas as estruturas estão devidamente licenciadas e possuem seus respectivos atestados de estabilidade vigentes.

“A Vale entende, assim, que não existe fundamento técnico ou avaliação de risco que justifique uma decisão para suspender a operação de qualquer dessas barragens”, afirmou a empresa.

Na nota, a Vale estimou impactos apenas da paralisação temporária da barragem de Laranjeiras, sem comentar a eventual perda de produção decorrente da parada da produção em unidades relacionadas às outras barragens.

O processo de descomissionamento de barragens a montante já anunciado pela Vale retiraria capacidade de 40 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano, volume este que a Vale afirmou que pretende compensar com a produção em outras unidades.

Em relatório ao mercado, analistas do Bradesco BBI avaliaram que a decisão judicial deverá ser revertida em breve, com a Vale prestando informações, com impacto limitado nas exportações da companhia.

Se a situação se prolongar, no entanto, o cenário é outro.

“Se as operações em Brucutu forem de fato suspensas por um longo período, esperamos que isso impacte os embarques de minério de ferro da Vale, já que a flexibilidade operacional da empresa não seria suficiente para suportar uma perda de produção de 70 milhões de t (40 milhões de t de descomissionamento anunciado na semana passada + 30 mt de Brucutu)”, disse o banco de investimento.

Por volta das 17h45, a ação da companhia caía 4,19 por cento, a 44,31 reais, enquanto o Ibovespa avançava 0,55 por cento.

Fonte: Agência Reuters

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