Justiça anula lei de Carmo do Paranaíba que retirava recursos da educação para festejos

Lei municipal retirou recursos da Educação para utilizá-los em festejos municipais e com a assessoria de comunicação.


Prefeitura Municipal de Carmo do Paranaíba (Foto: google)

O Ministério Público de Minas Gerais -MPMG-, por meio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público em Carmo do Paranaíba, obteve na Justiça a anulação de lei que autorizava o Poder Executivo a realocar recursos destinados à educação para a realização de festas na cidade e para a manutenção da assessoria de comunicação da prefeitura. A decisão foi proferida, em caráter liminar, pelo juízo da comarca.

No primeiro semestre deste ano, o prefeito apresentou projeto de lei à Câmara de Vereadores, que resultou na Lei Municipal n.º 2.275, de 26 de junho de 2014, a fim de obter crédito suplementar, no valor de R$ 350 mil, para atender despesas referentes à realização de festividades municipais e manter a assessoria de comunicação. Para tanto, o prefeito solicitou a anulação parcial de dotação orçamentária da Secretaria de Educação destinada a construir creches para crianças de zero a três anos.

No município existem 1.404 crianças de zero a três anos e há um total de 292 vagas em creches, ou seja, apenas 20,80% dessas crianças são atendidas, o que significa dizer que apenas 41,60% da meta estabelecida pelo Plano Nacional de Educação está sendo cumprida. “O município de Carmo do Paranaíba, caso quisesse, poderia ter cumprido com sua obrigação legal e constitucional, pois o prazo de uma década para fazê-lo é mais do que razoável”, analisa o promotor de Justiça Lucas Francisco Romão e Silva. Ele explica que municípios que tinham déficit de vagas puderam aderir ao programa Pró-infância, do governo federal, criado especificamente para viabilizar a ampliação da oferta de vagas em creches. Pelas regras do programa, a única contrapartida dos municípios era a disponibilização de terreno adequado, sendo que toda a construção, incluindo mobiliários, ficou por conta exclusiva da União.

O MPMG constatou também que foram destinados recursos a áreas não prioritárias e também a áreas cuja responsabilidade pela manutenção não é municipal. Há previsão de se gastarem R$ 2 milhões com a construção de uma nova sede para a Secretaria de Obras e R$ 110 mil com a aquisição de um novo veículo oficial para o prefeito e com a manutenção de convênios com as Polícias Militar e Civil.

Fonte: Ministério Público de Minas Gerais

Últimas Notícias

Moradores reclamam de asfalto que cedeu três vezes após obra e cobram providências

Veja mais

Mulher foge correndo após furto no Centro de Patos de Minas, mas é perseguida e presa

Veja mais

Família que teve casa invadida por enxurrada relembra desespero e pede ajuda da população

Veja mais

Senac Patos de Minas abre inscrições para Programa de Aprendizagem Profissional 2026

Veja mais

Homens que mataram mulher trans em estacionamento em Patos de Minas são condenados

Veja mais

Temporal volta a causar transtornos e moradora se desespera ao ver sua casa sendo tomada pela água

Veja mais