Júri de ex-marido que matou mulher inicia com familiares e desafeto na plateia

Familiares, amigos e também Gleuton, que acabou se tornando o companheiro da vítima, Andressa Carolina Gonçalves, lotam a plateia.


Oliani durante interrogatório.
Atualizado às 16h10 desta quarta-feira (27)
O julgamento de Oliani dos Santos Soares começou por volta das 14h00 desta quarta-feira (27). Familiares, amigos e também Gleuton Ribeiro da Silva, que acabou se tornando o companheiro da vítima, Andressa Carolina Gonçalves, lotam a plateia. Os familiares vestem uma camiseta branca com a foto da jovem.

Oliani foi levado para sentar no banco dos réus com roupas claras. Foi realizada a chamada dos jurados e, logo em seguida, o sorteio. As mulheres sorteadas foram descartadas e, por obra do destino, apenas homens formaram o corpo de jurados que decidirá a vida de Oliani. O julgamento deve seguir até a noite.

A mãe de Andressa está na plateia bastante emocionada. Ela usa um lenço para enxugar as lágrimas. Os familiares se mostraram indignados quando Oliani entrou, mas não houve protesto. Primeiro, as testemunhas de acusação e defesa foram ouvidas. Oliani foi interrogado na sequência e deu detalhes do crime.

Ele falou que além da traição, Andressa disse que queria que ele tivesse morrido quando foi vítima de Gleuton. Segundo o réu, no dia do crime, ela disse também que queria criar as filhas dele com Gleuton. Quando perguntado porque estava andando armado, ele disse que estava se sentindo ameaçado. Oliani está sendo acusado de homicídio duplamente qualificado: motivo torpe e recursos que dificultaram a defesa da vítima.

Entenda o caso que envolveu traição, incêndio, violência, morte e prisões

O início de tudo começou na noite do dia 30 de agosto de 2011. Oliani teria chegado em casa no Bairro Cidade Nova e flagrado a mulher e o amante ainda no quarto da própria casa. Ele havia relatado que pegou os dois vestindo a roupa. Movido pela ira, ele incendiou o veículo do desafeto, Gleuton Ribeiro da Silva, de 44 anos, e passou a agredir a esposa. Era o prenúncio de uma série de violências.

No dia 26 de setembro de 2011, Gleuton disparou diversas vezes contra Oliani ao encontrar o desafeto no Bairro Brasil. Um tiro atingiu o peito da vítima que foi socorrida e levada para o Hospital Regional, onde conseguiu se recuperar. Gleuton foi parar na prisão. Em julgamento realizado no final do ano passado, Gleuton foi condenado a 2 anos e 6 meses por tentativa de homicídio e já está em liberdade.

O crime que tirou a vida de Andressa aconteceu no Bairro Vila Garcia quando Andressa seguia para o trabalho. A jovem foi atingida duas vezes no peito, na mão e no queixo. Ela nem chegou a ser socorrida. Após o crime, Oliani fugiu, mas se apresentou à Polícia Civil nos dias seguintes. No dia da prisão, ele não quis falar sobre o delito, mas se mostrou bastante arrependido. O caso que teve uma grande repercussão em toda a região serve de alerta para os casais sobre as possíveis consequências de uma traição.

Autor: Farley Rocha

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