Governo é favorável a parcerias da Embraer, mas rejeita venda de controle, diz Temer

Temer disse que “golden share serve para isso, para o governo tomar essa decisão”, em uma referência à ação especial que dá ao governo poder de veto.

O presidente Michel Temer afirmou nesta sexta-feira, em café da manhã com jornalistas, que não há a “menor cogitação” de transferir o controle da Embraer para outra empresa e disse que não chegou a seu gabinete uma decisão sobre conversas entre Boeing e fabricante de aviões brasileira. “Quando chegar (uma decisão), eu examinarei”, disse o presidente a jornalistas, ao destacar que toda parceria comercial é “bem-vinda”.

Temer disse que “golden share serve para isso, para o governo tomar essa decisão”, em uma referência à ação especial que dá ao governo poder de veto em decisões estratégicas da Embraer.

Na véspera, Embraer e Boeing afirmaram que estão discutindo uma combinação de seus negócios, em um movimento que pode consolidar um duopólio global na indústria de aviação.

O presidente escalou o ministro da Defesa, Raul Jungmann, presente ao café da manhã, para dar maiores explicações sobre a posição do governo brasileiro em relação à Embraer.

Jungmann detalhou que a Boeing procurou a Embraer para começar negociações e destacou que é a favor dessa e de outras parcerias, também classificando-as como bem vindas. Mas ele endossou a posição do presidente contrária à venda do controle acionário por avaliar que a empresa nacional é estratégica para interesses de defesa e soberanias nacionais.

“Somos favorável a essa e a outras parcerias, entretanto, nós temos a exata compreensão de que a Embraer, por ter um forte componente de defesa, que a Embraer é o coração de um ‘cluster’ de inovação, tecnologia e conhecimento, que são decisivos para um projeto nacional autônomo, a sua venda, transferência do seu controle acionário, desserve os interesses e a soberania nacionais”, disse.

Segundo o ministro, uma eventual transferência do controle acionário da Embraer para uma empresa de outro país levaria a essa nova companhia a ter o controle de decisões estratégicas como o programa de construção dos caças Gripen, fabricados pela empresa sueca Saab, o projeto de venda do avião cargueiro militar KC-390, a produção dos aviões supertucanos e a tecnologia relacionada ao satélite estacionário brasileiro.

“Nenhum país abre mão disso”, destacou Jungmann.

As ações da Embraer exibiam alta de 1,7 por cento às 13:24, em meio a especulações do mercado de que uma parceria da Embraer com a Boeing seria mais provável por meio de uma venda de participação para o grupo norte-americano.

Fonte: Agência Reuters

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