Detento convertido à religião entrega réplica de fuzil que era usada no crime

Através do trabalho realizado com os detentos do Presídio, o Pastor conseguiu fazer com que mais uma arma fosse devolvida.


A réplica de um fuzil 556 foi entregue as forças políciais na manhã desta terça-feira (09).
O pastor da Igreja Assembleia de Deus Novo Tempo, Renato Silva Trovão, deu mais uma mostra na manhã desta terça-feira (09) de que a evangelização pode ser uma ferramenta importante na redução dos índices de criminalidade. Através do trabalho realizado com os detentos do Presídio Sebastião Satiro, ele conseguiu fazer com que mais uma arma fosse devolvida para as forças de segurança.

O trabalho de evangelização dos pastores da igreja Assembleia de Deus Novo Tempo no Presídio Sebastião Satiro teve início em Janeiro do ano passado. Em menos de um ano surgiram os primeiros resultados. Muitos detentos decidiram abandonar o mundo do crime, se converteram à religião e decidiram se livrar das armas. Duas pistolas e uma espingarda foram entregues à polícia.

O trabalho de evangelização continuou e nesta manhã mais uma arma foi entregue. Desta vez, os detentos devolveram uma réplica de fuzil 556, que já foi usado para cometer crimes na cidade. De acordo com o tenente Tafuri da Polícia Militar, a arma tem todas as características de um fuzil original e dificilmente será identificada como um simulacro em uma ação criminosa.

A Polícia Civil e o Ministério Público também participaram da entrega. O promotor Paulo Henrique Delicole estava entusiasmado com os resultados alcançados pelo trabalho de evangelização no Presídio Sebastião Satiro. Ele destacou que uma arma como esta nas ruas, a serviço do crime, traz prejuízos à sociedade e inibe as próprias forças de segurança.

O delegado Luiz Mauro Sampaio salientou que a legislação brasileira proíbe a importação, exportação e venda de simulacros de arma de fogo como este no Brasil. O delegado regional da Polícia Civil Elber Barra Cordeiro espera que a devolução sirva de exemplo para que outros detentos também sejam desarmados.

Segundo o pastor Renato Silva Trovão os detentos pediram apenas que seus nomes sejam mantidos em sigilo. Ele disse que existe a possibilidade de outros detentos seguirem o mesmo caminho e entregarem suas armas.

Autor: Maurício Rocha

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