O aluno do Curso de Graduação em Psicologia da Faculdade Patos de Minas-FPM, Emerson Clésio de Morais, foi até Brasília com uma missão importante para a melhoria da saúde pública no país. Ele foi um dos representantes da região na conferência nacional que discutiu assuntos sobre o sistema de saúde brasileiro. A 14ª Conferência Nacional de Saúde tratou sobre o acolhimento com qualidade do Sistema Único de Saúde-SUS.

As discussões em plenária destacaram itens como: política de saúde na seguridade social, segundo os princípios da integralidade, universalidade e equidade; participação da comunidade e controle social; e gestão do SUS, com ênfase no financiamento, pacto pela saúde, relação do público com o privado, gestão do sistema, do trabalho e da educação em saúde. O evento teve por objetivos impulsionar, reafirmar e buscar a efetividade dos princípios e diretrizes do SUS garantidos pela Constituição Federal e Lei Orgânica da Saúde, na perspectiva do fortalecimento da Reforma Sanitária; avaliar o SUS e propor condições de acesso à saúde, com base nas garantias constitucionais da Seguridade Social, no marco do conceito ampliado e associado aos Direitos Humanos; e fortalecer o Controle Social no SUS e garantir formas de participação dos diversos setores da sociedade em todas as etapas da conferência.

A conferência ocorreu em três etapas: municipal, estadual e nacional. O evento deu oportunidade de participação a diferentes seguimentos sociais: usuários, trabalhadores e gestores do SUS e, ainda, prestadores de serviços. O aluno do Curso de Graduação em Psicologia da FPM, Emerson Clésio de Morais, participou de todas elas na condição de usuário do SUS e de delegado eleito por voto popular. Tal condição lhe dava direito a voz e a voto nas plenárias de todas as conferências. O discente começou a participação representando o bairro onde mora, o Paranaíba, na esfera municipal. Em seguida, ele representou a cidade Carmo do Paranaíba na estadual. E, por fim, atuou pela Macrorregião Noroeste (cidade-pólo Patos de Minas), bem como representou o estado Minas Gerais diante da nacional.

Emerson Clésio destacou que a conferência contou com a expressiva participação popular e o controle social, ambos exercidos pela diversidade de toda a gente do extenso território brasileiro. “A conferência, pelo próprio bem de si como evento e como política pública, não foi só um espaço de debates formais e estruturados e por que não dizer “engessados” e “massificantes”, mas sim foi um grande e empreendedor acontecimento porque contou com espaços alternativos para discussões e manifestações, como o “Espaço de Saúde e Cultura Paulo Freire”, inspirado nas “Tendas Paulo Freire” e idealizado pelo “Movimento de Educação Popular em Saúde”, que visou dessa forma oportunizar aos participantes momentos de trocas de experiências e reflexões, através de rodas de conversas e oficinas permeadas por todas culturas populares brasileiras e pela pedagogia freireana. Sem dúvida, a maior responsabilidade social foi a de participar dos diálogos e da mobilização do povo brasileiro, usuários e trabalhadores do SUS, em busca da construção de políticas públicas em prol do próprio povo”, pontua o aluno.

No mesmo sentido, o Ministro da Saúde, Alexandre Rocha Santos Padilha, que diz “É com imensa satisfação que participo, junto com você, desse encontro, que é o mais importante da área de saúde do país. E, vale dizer, a maior Conferência no mundo em que a população, por meio de representantes escolhidos democraticamente, define propostas de políticas públicas de saúde”, quanto a mensagem da Coordenadora-Geral do evento, Jurema Pinto Werneck, que fala: “Cidadãs e cidadãos do campo, da cidade, da floresta, das águas, quilombolas, mulheres e homens negros, indígenas, ciganos, brancos, lésbicas, gays, bissexuais, heterossexuais, transexuais, travestis, idosos, jovens, adultos – representantes da diversidade brasileira – sejam todos bem-vindos!”.

O discente também destacou que todos os conselhos profissionais da área da saúde estiveram presentes expondo sobre a atuação ética, humana e técnica dos trabalhadores rumo à construção de pesquisas, projetos e programas para um SUS com mais eficiência no atendimento à população e respeito à dignidade das pessoas. Ele nesta questão ressaltou veementemente que o Conselho Federal de Psicologia foi notório em provocar a seguinte discussão:

“Em razão do tratamento e do cuidado, que tipos de sofrimento e segregação temos provocado?”. Emerson Clésio ainda colocou que a 14ª Conferência é um marco histórico das lutas pela saúde pública no Brasil porque ela ofereceu a oportunidade de o povo se debruçar sobre tudo o que já foi feito, criticar o que não está bom, reconhecer as conquistas e, principalmente, ajudar a melhorar o que precisa ser melhorado. Todas as etapas contaram com a participação de milhões de pessoas de todas as Unidades Federativas da nação, o que justifica e confirma que o SUS é a maior política pública de inclusão social do Brasil e do mundo, mesmo que o sistema ainda não seja o melhor que a população brasileira merece.

Fonte: Assessoria de Comunicação da FPM