Bruno Gonçalves Rocha, de 24 anos, foi levado ao Tribunal do Júri nesta quarta-feira (31), acusado de um homicídio e uma tentativa de homicídio. O Réu foi condenado pelos dois crimes com três qualificadores. Outro acusado de participação já havia sido julgado e condenado.
O crime aconteceu no dia 22/12/2022, por volta das 19h, na rua José Nascimento Calixto, bairro Planalto, em Patos de Minas. Segundo a denúncia, o réu Bruno conduzia uma motocicleta com Flávio Henrique Cardoso Andrade na garupa. Eles se aproximaram da vítima, quando em frente a um açougue, Flávio efetuou diversos disparos contra Luís Felipe Martins Dias. A vítima foi alvejada por oito disparos, ficou em estado grave e foi socorrida pelo SAMU, para o Hospital Regional Antônio Dias, onde recebeu os cuidados médicos.
Consta ainda na denúncia que durante os disparos contra Luís Felipe os acusados, “por erro no uso dos meios de execução”, atingiram a vítima Valdir Alexandre da Silva, de 68 anos, que não tinha relação com os acusados e ainda estava a cerca de 100m do local. Valdir foi atingido no lado esquerdo do tórax, não resistiu aos ferimentos e morreu.
A Polícia Militar localizou e prendeu Flávio no mesmo dia. Ele havia confessado que era autor dos disparos e que havia pego a motocicleta emprestada com Rafael Gonçalves Silva. Flávio ainda disse que era Bruno quem conduzia a motocicleta. O Rafael também foi localizado no mesmo dia, confessou participação e foi preso. Ele disse que seguiu a vítima no bairro Planalto e informou para Bruno e Flávio. O réu foi preso dias depois.
O advogado de defesa, Dr. Alexandre Guimarães, pediu que o julgamento fosse realizado de portas fechadas, sendo que apenas pessoas autorizadas pelo Juiz acompanharam o julgamento. O advogado alegou que o réu vem sofrendo ameaças. Pelo mesmo motivo, o Patos Hoje foi orientado a não divulgar fotos do réu.
Bruno foi condenado pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio, sendo condenado também em todas as qualificadoras: motivo fútil, perigo comum, recurso que dificultou a defesa da vítima. A pena total foi de 18 anos e 8 meses de reclusão sem direito de recorrer em liberdade. A Defesa afirmou que irá recorrer da decisão. Flávio já havia sido julgado e condenado, pelos mesmo crimes, a 17 anos e 4 meses.
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