A luta do pequeno Arthur contra a Leucemia comoveu o Estado inteiro, fez multiplicar o número de doadores de medula óssea nas unidades da Fundação Hemominas, mas ainda não chegou ao fim. O garoto continua o difícil tratamento, à espera de um doador compatível. Os familiares de Arthur apostam na solidariedade para vencer o câncer.

O drama do pequeno Arthur recomeçou no início deste ano quando os médicos descobriram que o tratamento não surtiu o efeito desejado e que a doença havia voltado. O tratamento recomeçou com novas sessões de quimioterapia, mas desta vez a maior chance de cura está na realização de um transplante de medula óssea, que só poderá ser feito com o aparecimento de um doador compatível.

A chance é pequena, uma para cada 100 mil doadores, mas os familiares e amigos foram a luta. Eles iniciaram uma campanha que envolveu o Estado inteiro. Para salvar o pequeno Arthur, os mineiros lotaram as unidades da Fundação Hemominas. Mutirões foram realizados em diversas cidades batendo recordes de solidariedade. Em Patos de Minas, em um único dia, mais de 1.700 pessoas se cadastraram.


Arthur continua o difícil tratamento.

Em apenas três meses, a Campanha conseguiu mais de 20 mil doadores de medula óssea. Para se ter uma ideia, este número significa 50% do cadastro feito pela Fundação Hemominas em todo o Estado durante um ano inteiro. O resultado é surpreendente, mas está muito longe da expectativa e da necessidade do Arthur que precisa urgentemente de um doador compatível.

Apesar do drama vivido nos últimos dias, hoje é um dia de comemoração para o garoto e para a família. Depois de um mês de internação e de sete dias na UTI, Arthur recebeu a autorização dos médicos para passar uma semana em casa. Um alívio com data marcada para terminar. Na segunda-feira, ele retoma o doloroso tratamento contra a Leucemia.

Em outra frente, os pais continuam a busca pelo doador compatível. A campanha, que nos últimos dias percorreu as cidades de Muzambinho, Araxá, Belo Horizonte e Alfenas, estará na cidade de Presidente Olegário no sábado (28). O pai de Arthur, Guilherme Donâncio, disse que gostaria de percorrer um número maior de municípios, mas que tem encontrado dificuldades de conseguir os profissionais para fazer a coleta do material.

De dentro do Hospital em Belo Horizonte, Guilherme se mostrou otimista. Ele aposta na solidariedade das pessoas para salvar o pequeno Arthur da Leucemia.

Autor: Maurício Rocha