A visita aconteceu no município de Serra do Salitre.

Membros da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Patos de Minas através do Comitê Cidade Resiliente realizou uma visita técnica à empresa Yara Brasil Fertilizantes no município de Serra do Salitre. A vistoria faz parte das ações preventivas desencadeada nos municípios da região do Alto Paranaíba e Noroeste mineiro para Campanha Mundial das Nações Unidades e da Estratégia Internacional para Redução dos Riscos de Desastres (UNISDR). As ações são para  fiscalizar e identificar possíveis riscos e ameaças, principalmente aqueles decorrentes de funcionamento de barragens na região, cadastradas na Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM.

Segundo o Coordenador da Defesa Civil de Patos de Minas, Tenente Fernandes, através do apoio de vários órgãos dos entes federativos, estado, união e municípios, universidades, sociedade civil organizada, no contexto da busca de uma cultura de resiliência a desastres, esta sendo feita uma coleta de dados nas empresas da região. "Estamos conhecendo melhor as estruturas das empresas, seu funcionamento quanto à preparação para desastres e conhecendo de perto os riscos potenciais principalmente os relacionados as barragens de rejeito", disse.

Durante a visita, a comitiva constatou que a empresa Yara Brasil adotou o processo de construção do maciço da barragem de rejeito pelo método de alteamento jusante, diferente do método utilizado na construção das barragens de Mariana e Brumadinho (alteamento pelo método a montante), que sofreram rompimento e tiraram a vida de centenas de pessoas, além de prejuízo ambiental incalculável.

Um Plano de Ação de Emergências da Yara Brasil Fertilizantes para Barragens (PAEBM) protocolado na Defesa Civil em Patos de Minas estabelece medidas em caso de rompimento de barragem, bem como um Plano de Segurança de Barragens (PSB). Os membros do Comitê também visitaram in loco três barragens no empreendimento em Serra do Salitre, sendo que duas são de água (Barragens Sabão 1 e 2) e uma barragem de rejeito de mineração (Barragem do Jacu).

Segundo a empresa, o Plano de Ação de Emergência a Barragens de Mineração (PAEBM), já cadastrou vinte e dois moradores na área de 10 km em linha reta, na chamada Zona de Auto Salvamento, e que já estão preparando treinamentos e simulados com todas as orientações e indicações de como atuar num caso de rompimento. Também estão sendo instalados 7 (sete) alarmes/sirenes nas áreas das barragens em povoados e comunidades rurais que poderiam ser afetados em caso de algum desastre.

Ainda de acordo com a Yara Brasil Fertilizantes, o monitoramento das barragens é feito também através de instrumentos (piezômetros) que são monitorados e inspecionados regularmente por equipes especializadas que vão a campo observar as estruturas. Além disso, segundo a empresa, um sistema de emissão de dados via rádio está sendo implementado esta semana na área das barragens para transmissão com mais agilidade e eficiência de informações a uma central informatizada. Estes dados são reportados regularmente as agências reguladoras bem como fiscalizados pela FEAM.

Os atestados de estabilidade das barragens da Yara Brasil foram atualizados no dia 28 de março.

Segundo o tenente Fernandes, de acordo com a destinação do uso da barragem, existe um órgão que fiscaliza a estrutura. No caso de captação e água para consumo humano, animal ou agricultura, a responsabilidade é da Agência Nacional de Águas (ANA). A estrtura para o descarte de minério fica a cargo da Agência Nacional de Mineração e as estruturas usadas para a produção de energia elétrica ficam subordinadas a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

Segundo capitão Arthur do Corpo de Bombeiros e do Centro de Estudos de Pesquisas sobre Desastres e Mudanças Climáticas da Defesa Civil de Patos de Minas, a empresa Yara Brasil Fertilizantes informou que contratou uma empresa canadense.