Fotos: Civuca

A Praça da Biquinha do Caramuru voltou a ser alvo de incêndio criminoso no início desta semana. A área de preservação permanente com a presença de nascente urbana na parte alta de Patos de Minas, vem recebendo melhoria e proteção por parte de órgãos ambientais de Patos de Minas, como o cercamento, instalação de placas socioeducativas e de advertência, e o plantio de árvores nativas, mas a ação de vândalos tem dificultado o trabalho de recuperação.

Ao contrário de ações ambientais, a Praça da Biquinha do Caramuru tem sido alvo de práticas de destruição e vandalismo como incêndios constantes e o depósito de lixo doméstico e industrial, como resíduos orgânicos, entulhos e pneus velhos. No final do mês de janeiro deste ano, após várias queimadas aconteceu a queda da grande árvore da espécie Gameleira. Como o material lenhoso não foi retirado em tempo hábil, agora os troncos e galhos foram incendiados e o fogo se alastrou em grande parte da quadra da Biquinha do Caramuru.

Acompanhe a memória do fato da ocorrência de mais um crime ambiental registrado pelo conselheiro ambiental do Cima, Codema e Colmeia de Patos de Minas, Civuca Costa.

1 - Segundo os vizinhos de plantão, o incêndio começou na noite entre os dias 20 e 21 de agosto. O fogo foi controlado parcialmente por Equipe do Corpo de Bombeiros, que não retornou mais ao local para o acompanhamento técnico e controle da ocorrência.

2 - Porém, havia brasas acesas no cerne dos troncos maiores e o incêndio começou novamente na tarde da última sexta-feira e continuou e maiores proporções noite e madrugada a dentro, em 21 de agosto.

3 - Com a forte ventania as faíscas foram lançadas em outras partes da quadra alcançando o capim seco e queimou toda a parte alta da praça, inclusive o fogo alcançou a praça grande acima da praça da Biquinha, atravessando uma via pública que separa as duas quadras públicas.

4 - Várias espécies de árvores foram atingidas pela queimada. A espécie Pau-Brasil sentiu o calor, murchou das folhas e só não foi destruída devido ao feitio de aceiro circular conhecido como coroamento que foi feito na semana anterior por ambientalista do Cima.

5 - Felizmente, um topo de morro no meio da quadra evitou que as chamas no capim seco incidissem para a parte de baixo destruindo todas as plantas da praça. Como prevenção, foram feitos também o coroamento de árvores nativas na parte inferior da quadra onde o fogo não alcançou.

6 - Membros do Cima e Codema com o apoio de servidores do Parque do Mocambo realizaram no dia 14 de agosto, o corte e supressão do material lenhoso da antiga Gameleira que caiu em janeiro deste ano, para que no local sejam plantadas novas árvores.

7 - Porém, não foi possível por falta de equipamentos pesados a supressão e retirada de todos os troncos e galhos da árvore o que possibilitou a propagação do incêndio com mais rapidez.

8 - Na primeira etapa de corte e retirada do material lenhoso do dia 14 de agosto, a ação contou também com o apoio da Secretaria Municipal de Obras que retirou as madeiras cortadas que estavam na via pública. Porém, foi coletado apenas o material lenhoso que estava fora da cerca da praça e o restante de madeiras suprimidas continuou dentro da quadra.

9 - Na madrugada da última sexta-feira e no sábado de manhã aconteceu uma precipitação (com chuva contínua porém mansa) que contribuiu para minimizar os impactos do incêndio. Porém, logo que a chuva passou no domingo, segunda e nesta terça-feira, o fogo em pequena proporção continua queimando o cerne de alguns troncos e do tronco central da Gameleira da praça da Biquinha do Caramuru.

10 - Agora, só após o controle de todo o incêndio é que a equipe de ambientalistas e servidores públicos retornarão ao local para o término da supressão do restante de madeira, para se evitar qualquer tipo de acidente.