Abandonado há cerca de 7 anos, o prédio do antigo cadeião sofre com a ação do tempo. O mais antigo imóvel público de Patos de Minas, com mais de um século, não tem propriedade definida, o que compromete sua conservação. O problema vem sendo mostrado pelo Patos Hoje desde a saída da Polícia Civil do imóvel, que naquela época já apresentava problemas. Diante do impasse, a Prefeitura decidiu assumir o prédio e acionar a Justiça.
O prédio foi construído em 1912 para abrigar a Casa de Câmara e Cadeia. Em cima funcionava a Câmara Municipal e embaixo a Cadeia Pública. O local também abrigou o Fórum de Patos de Minas por alguns anos. Por último, a enorme construção, bem no centro da cidade, foi sede de Delegacias da Polícia Civil. Depois que foi desocupado pelo Estado, o imóvel passou a ser frequentado por moradores de rua e usuários de drogas.
O imóvel sofre com infiltrações no telhado e nas paredes, muitos vidros foram quebrados e até a placa indicando a importância histórica da estrutura desapareceu. Ana Clara Ferreira e Caylane Lumara passam sempre em frente ao prédio e cobram uma solução por parte do poder público.
Segundo o diretor de Patrimônio Histórico, Geenes Alves, a grande dificuldade em desenvolver um projeto de restauração do prédio é a ausência de um documento que define a propriedade do imóvel. Mas segundo ele, a Prefeitura está assumindo a estrutura esta semana e vai entrar com uma ação na Justiça para requerer a posse definitiva. Geenes explicou que o Estado já emitiu um documento negando ser o proprietário do prédio, o que pode facilitar o processo.
Equipes da Prefeitura vão fazer uma limpeza no imóvel e encaminhar os moradores de rua que estão frequentando o local para a assistência social. De acordo com o diretor de patrimônio histórico, o Fundo Municipal de Patrimônio Histórico já dispõe de recursos para fazer uma restauração parcial do prédio, deixando-o em condições de funcionamento. Geenes disse que já existe um projeto para instalar o arquivo público no local.
