Em certos locais, os proprietários disseram que a queda foi de até 15%.

Nossa equipe de reportagem foi até o centro de Patos de Minas na tarde desta segunda-feira (16) para registrar como está o movimento nas lojas e o fluxo de compra e venda. Alguns comerciantes entraram em contato dizendo que suas vendas tinham caído consideravelmente. Em certos locais, os proprietários disseram que a queda foi de até 15%. Em outros, o movimento de clientes continua normalizado, não sendo registrado prejuízo.

Em conversa com alguns comerciantes da parte central da cidade, eles disseram que o comércio tem sempre variações de movimento. Segundo Eleuza Maria, proprietária de uma loja de roupas, mês passado foi ótimo para sua loja, e ainda disse que o fluxo de clientes aumenta bastante na época da Fenamilho e que após a festa, é normal cair um pouco, mas nada que fuja da normalidade. Para alavancar ainda mais as vendas, Eleuza está sorteando um Iphone entre os clientes.

Flávio Mathias é Sócio Proprietário de uma loja esportiva na Rua Padre Caldeira e, segundo ele, as vendas na loja caíram em decorrência da greve dos caminhoneiros no mês de maio, mas já se recuperou e as vendas estão dentro da expectativa da loja. “Depois da greve nós tivemos muitas dificuldades, até umas duas semanas depois o movimento foi ruim, a população ficou com receio de gastar e investir até mesmo por causa do nosso cenário político.”

De acordo com Flávio, as vendas durante a copa bateram a meta da loja. “As vendas aumentaram bastante, principalmente de camisas da seleção, à medida em que a equipe ia avançando na competição nós íamos vendendo mais, acabamos com todo o nosso estoque. A loja também criou várias estratégias de divulgação e formas de pagamento para que o cliente pudesse comprar e ter a tranquilidade na hora de pagar pelo produto”.

Em uma loja de perfumaria na Rua Major Gote, as vendas continuam batendo a meta, é que o disse uma das funcionárias. Segundo ela, o fluxo de clientes é o mesmo quase o dia todo e que a maioria das pessoas que entram na loja acabam levando algum produto.

No entanto, em uma loja de calçados na Rua Major Gote, o cenário de vendas não é nada bom. Além da greve de caminhoneiros, os últimos dias não têm sido de bons negócios. A queda com relação ao mesmo período do ano passado chega a 15%. Em outra loja de roupas na Rua José de Santana, o proprietário também não vem tendo motivos para comemorar. Com o fraco movimento, o jeito foi demitir um funcionário.

O desaquecimento em alguns comércios pode ser sentido também nos setores públicos. O Governo Estadual não vem há algum tempo conseguindo quitar os salários dos servidores em dia. E para terminar, no último mês, a Prefeitura Municipal de Patos de Minas também atrasou em 12 dias o pagamento dos seus cerca de 3500 servidores.

O presidente do Sindcomércio de Patos de Minas, Eduardo Soares Ferreira, informou que a entidade não possui dados sobre as vendas no comércio varejista da cidade. Segundo ele, não houve formalmente reclamação.