Três jovens denunciados pelo Ministério Público por uma tentativa de chacina no bairro São José Operário foram levados a julgamento nessa quinta-feira (03) e foram condenados a uma pena que somada ultrapassa 57 anos de prisão. Os réus negavam a autoria do crime e uma testemunha chegou a confessar os disparos, mas a tese da defesa não foi acatada pelos jurados que decidiram pela condenação.
O crime aconteceu no final da manhã do dia 25 de julho de 2012. Quatro homens em duas motocicletas, todos armados, se dirigiram para o bairro São José Operário com o intuito de matar integrantes do grupo rival. Foram três sequências de disparos, sendo que a última ocorreu na rua Rio Grande do Sul. Quando percebeu que seria alvejado, Fernando de Andrade Carvalho, conhecido como Balaio, se escondeu atrás de uma mulher que voltava das compras. Usada como escudo, Marilene Vieira Martins, de 39 anos, levou dois tiros e morreu no local.
Segundo a denúncia do Ministério Público, os quatro atiradores eram Douglas Diego Lopes Pereira, conhecido como Dôgão, Willian Fernando de Sena Santos, conhecido como Tizil, Wesley Roberto Alves da Silva, conhecido como Negão e Carlos Antônio Alves Fernandes. Este último, conhecido como Tatá, já foi levado a julgamento e condenado a 26 anos de prisão.
Nessa quinta-feira (03), sentaram no banco dos réus os autores Douglas, Willian e Wesley. Eles foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado e por quatro tentativas de homicídio. Os três rapazes negaram qualquer participação no crime. No início do julgamento, Rone Rocha se apresentou como autor dos disparos. Outro adolescente já havia assumido autoria do crime.
Para o Ministério Público, no entanto, não existem dúvidas da participação dos três acusados na prática dos crimes. Segunda a promotora de justiça, Vanessa Dosualdo, Wesley, Douglas e Willian foram até o bairro São José Operário para matar integrantes do grupo rival, já que tinham recebido a notícia de que o líder desse grupo tinha deixado a prisão no dia anterior.
Diante das evidências, os jurados decidiram pela condenação dos réus. Willian, Douglas e Wesley foram condenados a 19 anos, dois meses e 12 dias de prisão. Douglas, que responde o processo em liberdade, poderá recorrer também em liberdade.
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