Uma tecnologia que promete fazer o controle de fêmeas do mosquito Aedes Aegypti foi lançada na manhã desta segunda-feira (22) em Patos de Minas. A inovação traz para alguns bairros da cidade a proliferação de mosquitos do bem. Essa tecnologia, desenvolvida por uma empresa multinacional custará aos cofres públicos cerca de R$1 milhão por ano e promete ser mais um avanço na saúde do município.

O evento contou com a participação de várias autoridades civis e militares de Patos de Minas. Também estiveram presentes uma grande quantidade de agentes de endemias. Eles é que são os responsáveis por ir de casa em casa com o objetivo de fiscalizar e destruir todo e qualquer foco de proliferação do mosquito da dengue. De acordo com Diretora de Vigilância em Saúde, Lilian Marinho, esse é um grande avanço rumo a uma saúde cada vez mais efetiva no município.

A Secretária de Saúde, Ana Carolina Caixeta disse que os casos de dengue em Patos de Minas estão mais de 50% maiores em relação ao ano passado e a situação está muito preocupante. Embora ainda não pode ser considerada uma epidemia, a dengue preocupa as autoridades e a secretaria está atenta em relação a isso. Ana disse ainda que as “caixinhas do bem” serão colocadas ainda hoje em locais estratégicos dos bairros Jardim Esperança e Nossa Senhora Aparecida, bairro mais afetados pelo mosquito.


O prefeito Luís Eduardo Falcão disse que o investimento será de aproximadamente R$1 milhão durante 12 meses e que a expectativa é que a proliferação do mosquito do bem cause uma redução tanto nos casos de dengue quanto na ocupação dos leitos hospitalares. Ele ressaltou a preocupação com a crescente de casos e disse que a cidade está avançando no combate.


De acordo com a bióloga e representante da Oxitec, Dra. Luciana Medeiros, os ovos dos Aedes do Bem se desenvolvem dentro da Caixa do Bem assim que ela é ativada com água limpa. Quando os Aedes do Bem machos atingem a fase adulta, voam da caixa para o ambiente urbano, procuram ativamente e acasalam com as fêmeas do Aedes aegypti – que picam e são responsáveis pela transmissão de doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela.


Deste cruzamento, apenas os descendentes machos sobrevivem e chegam à fase adulta, herdando dos pais a característica autolimitante que confere a capacidade larvicida fêmea-específica. O resultado é a queda do número de fêmeas que picam e transmitem doenças, e, consequentemente, o controle populacional direcionado do Aedes aegypti.