Os idosos se apresentaram na delegacia de Presidente Olegário. ( Foto: Hamilton Amorim/PO Notícias )

O casal de idosos vítima de um assalto violento na noite de sábado (07) em uma fazenda de Presidente Olegário se apresentou nesta segunda-feira (09) à autoridade policial e, como já se previa, continuará em liberdade. Bastante abalado e ainda guardando as marcas das agressões, o casal contou como tudo aconteceu.  Além de coronhadas, os criminosos pisaram nas vítimas. Há a hipótese de que além do jovem morto, outros três indivíduos tenham participado do assalto.

De acordo com o Delegado Vinícius Volf Vaz, que presidirá o inquérito, a senhora de 61 anos e o esposo de 84 anos se apresentaram espontaneamente na manhã desta segunda. Ainda muito transtornados com tudo que aconteceu, eles contaram o que conseguiram recordar. As vítimas, que moram sozinho na fazenda, disseram que a intenção dos autores era levar o que estava dentro do cofre. No entanto, como tiveram problemas com a senha para abri-lo passaram a agredir as vítimas.

Vinícius Volf Vaz - Delegado

O senhor relatou que além de coronhadas, ele foi pisoteado pelos assaltantes que estavam com os rostos cobertos e portando armas de fogo. Temendo pela vida, ele então passou a Bereta 635 para a esposa que conseguiu atirar. No entanto, uma situação pode mudar a história. As vítimas contaram que os criminosos também atiraram durante o crime, não sendo possível afirmar se foi realmente a senhora que matou o jovem Breno Júnio da Silva, de 26 anos. “O projétil ficou deformado e as vítimas disseram que os criminosos também atiraram”, informou o delegado.

Segundo Vinícius, as vítimas ficaram bastante machucadas. Elas sofreram ferimentos nos braços e na cabeça. “Elas tiveram que ser sedadas após o crime”, disse. O policial também informou que a arma do crime não foi localizada. Muito abalados, o senhor e a esposa relataram que podem ter perdido a arma no meio do mato quando correram para pedir socorro no vizinho.

Os criminosos levaram da fazenda 3 celulares, um cordão de ouro e uma quantia de dinheiro que as vítimas não souberam precisar. O policial informou que as investigações continuam e já há alguns suspeitos. Vinícius disse que existe a possibilidade de o crime ter sido praticado por 4 indivíduos. O inquérito foi instaurado e, a princípio, está evidente a legítima defesa. Isto serve de alento para as vítimas que não devem receber punição do estado, apesar de que o trauma dos momentos de terror dificilmente será apagado.

Autor: Farley Rocha