Está sendo realizada em Patos de Minas a Semana Municipal da Luta Antimanicomial. O evento contará com palestras, interação e um sarau de encerramento. Participam da semana várias pessoas ligadas a saúde mental da cidade. Quem também esteve presente foi a Presidente do Conselho Estadual de Saúde Lourdes Machado.

As palestras tiveram início nessa segunda-feira (15) e se estenderão até a próxima quinta-feira (18) Dia Nacional da luta Antimanicomial. Segundo Lourdes, a saúde mental é um tema que precisa ser discutido diariamente e também as formas de tratamento e cuidado. Os organizadores do evento reafirmaram o movimento da luta e defenderam o fechamento gradativo de hospitais psiquiátricos. Segundo eles, “é triste a história dos manicômios e de como era precário e desumano o tratamento dos doentes mentais”.

De acordo com a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Fátima Gomes, esses assuntos são importantíssimos e urgentes, principalmente nos dias atuais. Ela ressaltou a importância do cuidado e do trabalho mais humanizado. Além disso, ela também chamou toda a população para participar amanhã do encontro que acontece no auditório do bloco N do Unipam e na quinta-feira acontece o encerramento na praça do antigo fórum.

O 18 de maio foi instituído como Dia Nacional da Luta Antimanicomial em homenagem ao empenho dos profissionais de saúde por um tratamento mais humano aos pacientes com sofrimento mental. O Ministério Público de Minas Gerais destacou que essa é uma data importante para o órgão que atua em conformidade com a Lei n.º 10.216 de 2001, conhecida como Lei da Reforma Psiquiátrica (LRP), criada após mobilização de vários setores da sociedade.

A LRP é considerada um avanço nos direitos dos pacientes com transtornos mentais, pois a partir dela foi garantido a eles, por exemplo, proteção contra possíveis abusos e participação da família em sua recuperação. Entre os princípios centrais da LRP, estão: o acolhimento com foco em serviços comunitários de saúde mental, o respeito aos direitos humanos, a reinserção do indivíduo à vida cotidiana e a internação como medida excepcional e transitória.