A imagem do Rio Paranaíba na manhã desta segunda-feira (12) nos fundos do bairro Copacabana em Patos de Minas impressiona. A escassez de chuvas nos últimos meses provocou forte redução no volume de água. É possível caminhar por um longo trecho no leito do rio sem sequer molhar os pés.

No final de maio, o Sistema Nacional de Meteorologia emitiu um alerta de emergência hídrica associado à escassez de chuvas na região da bacia hidrográfica do Paraná para o período de junho a setembro deste ano. O Rio Paraná é formado a partir do encontro do Rio Paranaíba com o Rio Grande na divisa de Minas com São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Foi a primeira vez que o Sistema Nacional de Meteorologia divulgou um alerta desse tipo, reforçando a gravidade da crise provocada pelo pior período hidrológico dos 91 anos do histórico de vazões, entre setembro de 2020 e maio de 2021. A bacia abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.

A escassez de água no Rio Paranaíba é motivo de preocupação, não só para os pescadores que tem dificuldades até para navegar com suas canoas ou para os agricultores que dependem do rio para irrigar suas plantações, mas também para as hidrelétricas que produzem energia. A conta de luz já está mais cara para os consumidores de todo o país.

Os meteorologistas apontam o Fenômeno La Niña, o aquecimento global e o desmatamento da Amazônia como fatores que contribuíram para a redução no volume de chuvas no período de setembro de 2020 a maio deste ano. A expectativa é de que a deficiência hídrica seja compensada no período chuvoso que começa em setembro.