Dezenas de professores se reuniram na noite dessa segunda-feira (25) no centro de Patos de Minas para manifestar contra o atual governador do estado Fernando Pimentel. A principal reinvindicação da categoria é que os salários sejam pagos em sua integralidade, principalmente dos servidores inativos, que continuam com atraso.
A Manifestação teve início por volta de 17h40 no coração da cidade. Os professores se concentraram na esquina das Ruas Major Gote e Olegário Maciel. Eles levaram cartazes com palavras de ordem e foram aplaudidos por alguns motoristas que passaram pelo local. De acordo com o jovem Professor de História Matheus Moreira, a situação além de ser bastante crítica é muito desmotivante para os que estão começando a lecionar nas escolas públicas.
“É absurdo o que o Governador está fazendo. Além de parcelar os salários, ele está parcelando a parcela. Eu nunca vi isso acontecer. Nós estamos lutando para que os professores trabalhem dignamente. Era para ele ter pagado R$3 mil até dia 13. Além de atrasar o pagamento, ele pagou apenas R$1.500,00. Assim fica muito difícil acreditar na educação. Faz um ano que eu sou Professor e essa situação me deixa muito desmotivado”.
Segundo o Sindicato Único dos Servidores em Educação a greve ainda continua. A coordenadora do SinUte em Patos de Minas, Sheila Maria Lucas disse que, até o momento, cerca de 623 servidores permanecem de braços cruzados. A greve, que já está completando 20 anos, chegou a ter 838 servidores.
A professora Edna Soares é educadora há 23 anos e segundo ela está cada dia mais difícil de trabalhar. “Nós não estamos pedindo nada além daquilo que temos direito. Nós trabalhamos e temos o direito de receber por isso. Enquanto não recebemos, nossas contas estão atrasadas e depois o governo não vai arcar com nossos juros e multas”.
Os condutores que passavam pela rua enquanto os professores realizavam a manifestação aplaudiram e mostraram apoio em forma de palmas e buzinas. Recentemente o Governador Fernando Pimentel esteve em Patos de Minas e na oportunidade não disse nada sobre o pagamento dos servidores.
