O Tribunal do Juri se reuniu nessa quarta-feira (25) para levar a julgamento, pela segunda vez, o produtor Nelson Teixeira. O homem de 71 anos é acusado de matar, a golpes de marreta e martelo, o lavrador Eugênio dos Santos Magalhães, conhecido na região do Mercado Municipal em Patos de Minas como Matheus. O crime aconteceu no dia 04 de julho de 2002 na região de Limeira, no município de Lagoa Formosa.

O produtor rural já sentou no banco dos réus por este mesmo crime. Em 2005, o advogado José Ricardo Souto usou a tese da negativa de autoria. Ele disse que Nelson não estava em casa no momento do crime e conseguiu convencer a maioria dos jurados. O produtor foi absolvido.

Mas o Ministério Público recorreu ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais e conseguiu a realização de um novo julgamento. O promotor Paulo César de Freitas mostrou detalhes do crime, como o martelo e a marreta usados para matar Eugênio, e pediu a condenação de Nelson.

Por outro lado, o produtor continuou negando que cometeu o crime. Ele disse que não estava na fazenda e quando chegou ao local encontrou Eugênio morto. O advogado de defesa Antônio Libânio da Rocha mostrou falhas no inquérito para convencer, mais uma vez os jurados, de que o produtor é inocente.

O julgamento começou por volta de 13h e entrou noite à dentro. Na réplica, o promotor Paulo César de Freitas explorou os antecedentes criminais do réu para chamar a atenção dos jurados. Nelson Teixeira aguardava o julgamento na prisão por outros crimes que cometeu.

Depois de ouvir com atenção os argumentos da defesa e da acusado os jurados entenderam que foi mesmo Nelson quem matou Eugênio. Ele foi condenado a 13 anos de prisão.