A Polícia Militar e a Prefeitura de Patos de Minas, através da Secretaria de Desenvolvimento Social, Secretaria de Obras e da Secretaria Municipal de Saúde realizaram mais uma ação na manhã desta quinta-feira (22) em pontos de concentração de moradores de rua e usuários de droga. O Galpão do Produtor e a rua Barão do Rio Branco são os principais alvos.

Os órgãos públicos têm recebido muita reclamação referentes à presença dos moradores de rua nesses locais. Além da mendicância e do constante uso de drogas, eles também deixam muita sujeira e causam mau cheiro, uma vez que a maioria faz suas necessidades fisiológicas ali mesmo, nas vias públicas.

A ação dos órgãos públicos possibilita que os moradores de rua e dependentes químicos conheçam e tenham acesso a diversos serviços oferecidos pelo município. Quem precisa de atendimento de saúde, por exemplo, foi encaminhado na mesma hora.

A van do Programa Saúde no Bairro estava presente e ofereceu exames de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), Sífilis, Tuberculose, entre outras. O Caps Álcool e Droga também fez abordagens orientando os dependentes químicos sobre as possiblidades de tratamento. O órgão fica de portas abertas para quem quer se tratar.

Segundo a Secretária Municipal de Desenvolvimento Social, Patos de Minas tem 79 pessoas cadastradas como moradores de rua. Nesta ação, por exemplo, a maioria dos abordados era de patenses. Segundo a sargento Polliana da Polícia Militar, alguns deles até possuem passagens policiais, mas nenhum tem mandado de prisão em aberto, o que limita o trabalho da segurança pública.

A intenção da Polícia Militar e da Prefeitura é continuar fazendo esse tipo de trabalho, com busca ativa aos dependentes químicos e orientação para que eles busquem ajuda e saiam das ruas. Um morador de rua que concordou em conversar com o Patos Hoje, sem mostrar o rosto, disse que é dependente químico desde os 12 anos de idade. Hoje aos 38 anos, mesmo tendo mais de uma profissão, ele diz que não consegue mais trabalhar.

Outro morador de rua com quem o Patos Hoje conversou, o único nesta abordagem que não é de Patos de Minas, é um espanhol com curso superior e fluente em três idiomas, inglês, espanhol e português. Ele disse que perdeu tudo que conquistou no tempo em que morou nos Estados Unidos e que não tem cabeça para mais nada.