A Prefeitura de Patos de Minas emitiu nota na noite desta sexta-feira (22), chamando a atenção para o risco de transmissão da leishmaniose visceral canina na cidade. Foi confirmado pelo laboratório da Funed, em Belo Horizonte, o primeiro caso de transmissão autóctone de leishmaniose visceral canina no município, o que significa que o cão foi contaminado aqui e já está transmitindo a doença.

Diante dessa situação, o Centro de Controle de Zoonoses informou que o protocolo estabelecido pela Superintendência Regional de Saúde, que será seguido pelo município, consiste em:


-realização de inquérito sorológico: teste em animais domésticos nos bairros circunvizinhos à residência onde houve a confirmação;

-pesquisa entomológica: identificação dos locais na cidade onde há presença do mosquito transmissor da doença, visando à pulverização com inseticida;

-testagem de animais sintomáticos de outros bairros.


O município está intensificando as ações de vigilância, controle vetorial e educação da população.

A leishmaniose é transmitida pela picada de mosquitos flebotomíneos, principalmente do gênero Lutzomyia, destacando-se a espécie Lutzomyia longipalpis, conhecida popularmente como mosquito-palha, birigui ou tatuquiras. Esse mosquito prolifera em locais sombreados e com matéria orgânica úmida. Portanto, para evitar sua proliferação, é importante manter os quintais limpos, recolhendo folhas, galhos e matéria orgânica, bem como recolher as fezes de animais diariamente. Além disso, é necessário eliminar resíduos sólidos orgânicos e dar destino adequado ao lixo, evitar sombreamento excessivo e eliminar fontes de umidade.

É importante ressaltar que a vacina contra a leishmaniose está temporariamente suspensa em todo o território brasileiro. No entanto existe tratamento para a leishmaniose visceral em animais. Ademais, com a identificação da doença, está disponível no mercado uma coleira que impede a transmissão.

"Agradecemos a colaboração de todos para conter a propagação dessa doença', concluiu.